Na terça-feira, a moeda norte-americana teve uma queda de 0,39%, cotada a R$ 5,1303. Já o principal índice acionário da bolsa de valores encerrou em alta de 0,28%, aos 128.516 pontos. Petrobras despenca neste pregão
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O dólar abriu em alta nesta quarta-feira (15), conforme investidores monitoram a situação dos juros norte-americanos e continuam repercutindo a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Além disso, também pesa sobre o mercado o anúncio de que Jean Paul Prates foi demitido da presidência da Petrobras, pouco tempo depois das polêmicas sobre a distribuição de dividendos da companhia se acalmarem. As ações da petroleira despencam no pré-mercado em Nova York.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Às 09h30, o dólar subia 0,18%, cotado a R$ 5,1393. Veja mais cotações.
Na terça-feira, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,39%, cotada a R$ 5,1303.
Com o resultado, acumulou:
recuo de 0,52% na semana;
perdas de 1,20% no mês;
ganho de 5,72% no ano.
Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na terça-feira, o índice teve uma alta de 0,28%, aos 128.516 pontos.
Com o resultado, acumulou:
ganhos de 0,72% na semana;
avanço de 2,06% no mês;
perdas de 4,23% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
O grande destaque deste pregão fica com a Petrobras, após a companhia informar que Jean Paul Prates foi demitido da presidência na noite desta terça-feira.
Segundo fontes, o presidente Lula decidiu pela demissão de Prates já há algum tempo após uma sequência de desentendimentos com o governo, principalmente por conta da pol.mica da distribuição de dividendos extras pela petroleira. O agora ex-presidente da Petrobras não se entendia com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, havia muito tempo.
De acordo com o blog da Andréia Sadi, Prates citou "intrigas palacianas' após ser demitido. O argumento usado é o de que Jean Paul não estaria entregando resultados da Petrobras na velocidade em que o governo esperava. Ao blog, Jean disse que respeita a decisão, mas afirmou que não pode deixar de dizer que presidente foi levado a adotar a medida por uma intriga palaciana.
Além disso, os juros locais e internacionais seguem na mira dos investidores nesta semana. Por aqui, o mercado continua repercutindo a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), divulgada ontem.
Na semana passada, o BC decidiu reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual (p.p.), contrariando suas próprias estimativas — em março, o colegiado havia previsto um corte de 0,50 p.p. na reunião deste mês.
Segundo o documento, apesar do dissenso entre os membros, o colegiado concluiu que o cenário para a inflação nos próximos anos "se tornou mais desafiador, com o aumento das projeções de inflação de médio prazo, mesmo condicionadas em uma taxa de juros mais elevada".
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A divisão dos votos na última reunião do Copom trouxe um aumento das incertezas no mercado ao longo da última semana, em meio a temores sobre como deve se dar a transição de gestões no Banco Central (BC).
Após a divulgação do documento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que ambas as posições são "técnicas, respeitáveis". "A ata deixou claro que os argumentos de lado a lado eram pertinentes e defensáveis", completou.
Ele avaliou ainda que a tensão nos mercados se dissipou com a divulgação do documento. "Tinha mais rumor do que verdade, está tudo tranquilo lá."
Já no exterior, o foco mais uma vez ficou com as falas do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell.
Em discurso na última terça-feira, o banqueiro central afirmou que espera que a inflação continue a cair ao longo deste ano, embora sua confiança na concretização desse cenário tenha diminuído após uma elevação maior do que o esperado dos preços no primeiro trimestre.
Ainda assim, Powell voltou a dizer que é improvável que o BC norte-americano precise voltar a aumentar os juros, reafirmando que a instituição será "paciente" e permitirá que a atual taxa básica tenha todo o seu impacto.
Com isso, investidores continuam monitorando os dados de inflação que saem na maior economia do mundo. Na terça-feira, por exemplo, indicador do Departamento de Trabalho norte-americano mostrou que os preços ao produtor dos EUA subiram mais do que o esperado em abril, em meio a fortes altas nos custos de serviços e mercadorias.
O índice teve uma alta de 0,5% no mês passado. Economistas consultados pela Reuters previam um aumento de 0,3% no período. Nos 12 meses até abril, o avanço foi de 2,2%. Agora, a expectativa é pela inflação ao consumidor, que deve sair nesta quarta-feira (15).
*Com informações da agência de notícias Reuters