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Mogi das Cruzes

Projeto promove qualificação e geração de emprego na construção civil para mulheres em Mogi das Cruzes


Alunas do projeto Concreto Rosa trabalham na reforma de 350 casas na Vila Estação, em Mogi. Na cidade, o programa Viver Melhor contratou algumas das alunas e irá beneficiar 750 famílias. Projeto em Mogi das Cruzes oferece as mulheres qualificações na área da construção civil

Em Mogi das Cruzes, uma parceria entre a prefeitura e a CDHU está mudando a vida de muita gente da Vila Nova Estação, Jundiapeba e Vila Nova União. O projeto oferece para mulheres muito mais do que qualificação na área da construção civil.

Elas capricham nos detalhes e sabem que na construção civil a presença feminina faz toda a diferença.

A aluna Ana Paula Caetano de Assis já fazia esse tipo de trabalho antes de participar do projeto Concreto Rosa, mas com o curso conseguiu aperfeiçoar ainda mais e não quer parar. Ela tem orgulho do capacete que recebeu para trabalhar.

“Você vai fazer eu chorar, moça. Porque isso aqui, antes de eu entrar no curso, de tudo, eu já falava para o meu marido: "meu sonho é ter um capacete rosa". Aí agora com o sonho concretizado, né? O dia que eu ganhei eu chorei horrores e foi isso. Pra mim é um sonho mesmo. Quem sabe futuramente um branco, de engenheiro, que sabe”, contou Ana Paula.

No projeto Concreto Rosa, uma parceria da prefeitura com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo, 15 mulheres passaram por um treinamento de 10 dias sobre pintura e acabamento. Elas receberam um kit de ferramentas, uma ajuda de custo e equipamentos de proteção. Algumas foram contratadas pela CDHU para fazer parte do programa Viver Melhor.

“A ideia é que Mogi fosse um projeto piloto para que a gente possa expandir pra outras regiões do estado com o mesmo objetivo. Seja uma ONG ou com ONGs locais, enfim, o objetivo principal é regularizar, fazer melhoria habitacional, gerar emprego na própria comunidade e, quando for possível, buscar atender também e qualificar e gerar emprego para as mulheres que são líderes das famílias das comunidades onde nós atuamos. É importante também ressaltar que esse programa ele busca com que essas pessoas fixem as suas residências onde elas já estão. Muitos programas habitacionais muitas vezes fazem a remoção das famílias daqui e levam para um outro lugar. As famílias vendiam esse imóvel e voltavam para a comunidade. A ideia é fazer a regularização onde é possível se regularizar e fazer a melhoria habitacional no próprio local onde elas já vivem. Claro, desde que os locais não sejam áreas de risco, áreas de preservação ambiental, enfim, área de inundação. Que sejam passíveis de serem regularizadas obedecendo obviamente todo o critério da legislação federal que regra o programa de regularização fundiária nosso aqui do estado de São Paulo”, disse Flávio Amaru, secretário de Habitação do Estado de São Paulo.

Projeto Concreto Rosa, parceria entre a Prefeitura de Mogi e o CDH, gera oportunidade às mulheres na construção civil

TV Diário/Reprodução

As meninas estão trabalhando na reforma de 350 casas só na Vila Estação, em Mogi das Cruzes. A expectativa é que tudo fique pronto até o final de fevereiro do ano que vem.

Em todo o estado de São Paulo, o projeto Viver Melhor vai atender 17.500 famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos. Em Mogi das Cruzes, vão ser 750 famílias beneficiadas.

A Inês Dantas Vieira também está trabalhando na reforma das casas. Ela é moradora da Vila Estação.

“Eu nem sonhava, uma coisa que, né, foi assim, foi coisa de Deus mesmo. Está sendo muito bom ver as casas sendo pintadas por nós, renovadas. Nossa, o pessoal também gostando também, que a gente pergunta: "vocês tão gostando? Se não tiver gostando também pode falar que a gente melhora". Está sendo ótimo. Graças a Deus estou podendo pagar minhas continhas, né? Poder pagar minhas contas, ser mais independente, ajudar melhor minha família. Está sendo ótimo”, disse Inês, que também é aluna do projeto Concreto Rosa.

Elas encontraram uma fonte de renda e uma oportunidade para entrar no mercado de trabalho. E depois do projeto, querem continuar levando o capacete rosa para mais construções por aí.

“Não sabia nem pegar na furadeira, em nada. E o curso me ajudou bastante porque eles ensinaram bastante coisa. A gente está esperando bastante oportunidade para as mulheres, né?”, disse Deides Tavares de Souza.

“Eu quero continuar, se aparecer mais oportunidade e me chamar eu vou, né? Eu vou porque eu sei o que estou fazendo. Eu sei o que eu tô fazendo e sei que se pegar vou dar conta, né? Uma coisa que eu tô aprendendo, tô gostando muito. Nós queremos dar orgulho para a sociedade”, ressaltou Inês.

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