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Em reunião com o DAEE, Condemat solicita ações emergenciais para contenção de enchentes no Alto Tietê

Por Nova TV Alto Tiete em 01/03/2023 às 21:15:29

Desassoreamento e abertura de mais comportas da Barragem da Penha, na capital, foram questões emergenciais apontadas pelo Condemat. Moradores de cidades do Alto Tietê têm sofrido com enchentes e alagamentos nas últimas semanas. Condemat solicita ao DAEE ações emergenciais para contenção de enchentes no Alto Tietê

O Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) realizou, nesta quarta-feira (1º), uma reunião com o Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE), para tratar dos alagamentos em cidades da região cortadas pelo Rio Tietê. Em entrevista ao Diário TV, o vice-presidente do Condemat e prefeito de Arujá, Luís Camargo (PSD), comentou sobre as cidades da região mais impactadas pelas chuvas e as soluções para amenizar alagamentos.

Ele disse que o objetivo foi buscar soluções para os estragos com as chuvas fortes. “Essa reunião foi de suma importância. Eu sou prefeito de Arujá, tô representando todo o Condemat, pra que nós possamos colocar na mesa os problemas que levaram a esse alagamento. Especialmente as cidades de Itaquaquecetuba, Poá, sofreram demais, Ferraz de Vasconcelos, inclusive com uma vítima fatal. Nós aqui viemos pra buscar soluções, pra buscar projetos junto ao DAEE, de modo a evitar que novas situações desse tipo possam acontecer nos anos vindouros. Nós sabemos que a questão das chuvas esse ano… tem municípios, Mogi, por exemplo, choveu o dobro do mês de fevereiro do que choveu em toda a média histórica. E as demais cidades da mesma forma. Então, o nosso objetivo aqui foi buscar compromissos ao DAEE pra que situações como a gente tem sofrido no Alto Tietê não voltem a ocorrer no futuro”.

Em relação aos compromissos estabelecidos no encontro, o vice-presidente do Condemat afirmou que o desassoreamento do Rio Tietê e a abertura das demais comportas da Barragem da Penha, na capital, foram as principais questões apontadas pelo consórcio ao DAEE. “Nós temos alguns problemas. Notadamente, a questão do desassoreamento. É um dos maiores problemas que nós temos no Rio Tietê, em toda aquela região. A água efetivamente não flui. O prefeito de Itaquaquecetuba tem levantado também, com bastante frequência, e eu aqui me filio ao que ele diz, o problema das barragens. Nós temos ali na barragem da Penha, são seis comportas, das quais quatro comportas permanecem fechadas. Isso naturalmente acaba ocasionando um acúmulo de água ali na região de Guarulhos, que acaba acumulando ali no Tietê, em Itaquaquecetuba, que acaba chegando em Ferraz, em Poá, em Suzano”.

Segundo Camargo, é preciso viabilizar condições para as famílias que moram no entorno do Rio Tietê possam ser acomodadas de forma adequada. “Um trabalho recentemente feito ali, só pra se ter uma ideia, foram retiradas mais de 300 carcaças de veículos de dentro do Rio Tietê. Existem formações rochosas, existe o assoreamento propriamente dito. Temos também a questão das construções ali nas imediações, ali no entorno. Até sugerimos pra que a Secretaria de Habitação participe disso. Não adianta apenas a gente falar de recurso hídrico, nós temos que falar de viabilizar condições pra que essas famílias que moram no entorno ali do Rio Tietê possam ser acomodadas de uma maneira digna. A questão a curtíssimo prazo é o desassoreamento e a abertura das comportas. É nesse sentido que nós obtivemos aqui o compromisso do DAEE”.

Rua da Vila Japão, em Itaquaquecetuba, ficou inundada após temporais

TV Diário/Reprodução

“O DAEE continua nessa tese de que isso não haveria nenhuma referência. Todavia, não nos parece razoável porque não é possível sequer fazer um teste. É um percurso de cerca de 30 quilômetros onde, nesses 30 quilômetros, o nível de água é de cinco metros. Portanto, na medida em que a barragem permanece fechada, naturalmente o fluxo de água não tende a desaparecer. E um exemplo muito clássico: você pega ali em Itaquá, ali em Ferraz, mesmo quando não está chovendo, você pega ali a região do Jardim Maria Augusta, senão me engano é esse o nome em Itaquá, 15 dias e a água não baixa. Então, é natural que alguma coisa tá acontecendo. O rio ele tá parado ali na região de Itaquaquecetuba, então é improvável que não tenha algo a ver com a barragem. Se não fosse assim, já teria tido a vazante. Então você vê que para de chover e a água continua cheia”.

Sobre o acúmulo de água em alguns pontos do Alto Tietê, como na Vila Maria Augusta, em Itaquaquecetuba, Camargo afirma que a única forma que explica esta questão é a Barragem da Penha. “Não há outra forma de a gente explicar, tem que ser em decorrência da barragem. Lamentavelmente, por questões técnicas, eles se dizem impedidos neste momento de abrir todas as barragens, mantendo apenas duas abertas. A nossa principal reivindicação nesse momento é pra que se abra. Enfim, temos aí o compromisso de que isso vai ser feito a curtíssimo prazo”.

“Felizmente nós estamos entrando na fase final das chuvas. Eu penso que dois terços do período de chuvas já se foram. Estimamos que não tenhamos problemas maiores que já existiram. Agora, essa questão da barragem, com toda a franqueza, não tá muito claro pra nós, prefeitos do Alto Tietê. Nós ainda insistimos que isso, além do desassoreamento, que é imperioso, que tem que ser feito com uma urgência máxima, a questão da barragem não pode esperar mais”.

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Fonte: G1

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