Os economistas do mercado financeiro deixaram de estimar um corte na taxa básica de juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana.
Com isso, a projeção é de que a taxa Selic permaneça no atual patamar de 10,50% ao ano.
Até então, as instituições financeiras projetavam uma redução de 0,25 ponto percentual no juro básico, para 10,25% ao ano -- estimativa que foi abandonada.
A maioria dos bancos ouvidos na pesquisa conduzida pela autoridade monetária também deixou de estimar corte nos juros no restante deste ano.
A projeção é que a taxa fique estável em 10,50% ao ano até o fim de 2024.
As informações constam do relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as projeções para a economia.
Para o fim de 2025, por sua vez, o mercado financeiro elevou sua expectativa de 9,25% para 9,50% ao ano.
A projeção de que a taxa de juros não cairia mais nesta semana já havia sido divulgada pelos maiores bancos privados do país na semana passada.
A reunião do Copom, que define o nível da taxa Selic, está marcada para esta semana. A decisão será anunciada na quarta-feira (19), após as 18h.
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, que influencia outros índices de juros no país, como taxas de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras. A definição da Selic é o principal instrumento de política monetária usado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação.