Máquina movida a energia solar custa, em média, R$ 380 mil. Equipamento aplica herbicidas de forma autônoma e analisa milhares de plantas em curto espaço de tempo. Brasil tem super-robô agrícola que consegue enxergar, aprender e coletar dados sozinho
Um robô formado por quatro computadores que consegue enxergar, aprender e andar sozinho na plantação coletando dados e aplicando herbicida.
Essa ainda não é uma realidade de todo o campo brasileiro, mas já tem produtor fazendo testes com a supermáquina agrícola movida a energia solar e que custa, em média, R$ 380 mil (veja no vídeo acima).
Super-robô agrícola: máquina desenvolvida por cientistas cubanos consegue enxergar, aprender e andar sozinha na plantação.
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"A função dele [do robô] é de monitoramento, tanto do desenvolvimento da lavoura, quanto da quantidade de praga", conta Bruno Pavão, chefe de operações robóticas da empresa de tecnologia que criou a máquina.
O robô agrícola consegue coletar dados e avaliar milhares de plantas em um curto espaço de tempo, além de despejar, sozinho, herbicida nas plantas daninhas, acrescenta Pavão.
O agricultor de Cesário Lange (SP) Felipe Ribeiro é um dos produtores que decidiu adquirir a máquina para fazer testes, há dois anos.
Ele usa o robô para pulverizar apenas uma parte da sua plantação de soja, pois é muito difícil transportar o equipamento de um lado para o outro.
"Ele é muito mais voltado para aplicações pontuais, não para substituir o meu pulverizador", ressalta Felipe.
Apesar disso, o agricultor conta que, com robô, ele conseguiu economizar na pulverização. "[Com o robô, eu consigo] rendimento e economia. Ele tem entregue isso até hoje", diz.
Robô foi criado por cientistas cubanos
Super robô do campo: máquina agrícola é movida a energia solar e custa, em média, R$ 380 mil.
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O robô foi criado por um grupo de cientistas cubanos que abriu uma empresa de tecnologia no interior de São Paulo, em 2007.
Um dos desenvolvedores do robô é o engenheiro Britaldo Hernandez, que, depois de se formar em Engenharia, foi trabalhar para o governo cubano desenvolvendo tecnologias para as lavouras de cana-de-açúcar.
Nos anos 90, ele viajou para Araçatuba (SP) para conhecer as usinas brasileiras e voltou para a terra natal com vontade de modernizar as coisas em seu país.
"Eu sempre tentei fazer o melhor para Cuba e não pude. Mesmo com os problemas que o Brasil tem, aqui é muito melhor para fazer tecnologia", conta Hernandez. Reveja abaixo a reportagem completa.
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