Adolescente morre após cair de altura de quase 20 metros de obra abandonada na Grande SP

Segundo o boletim de ocorrência, o menino estava empinando pipa com o irmão mais novo. Ele foi levado para o Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Adolescente morre após cair de altura de quase 20 metros de obra abandonada na Grande SP

Arquivo pessoal

Um adolescente de 14 anos morreu após cair de uma obra abandonada em Poá, na Grande São Paulo, enquanto empinava pipa com o irmão mais novo. Segundo o boletim de ocorrência, o acidente aconteceu na tarde de sábado (27), no prédio do Centro Educacional Poaense, na Rua Ipanguaçu.

Segundo Elcio Gonçalves de Souza que é tio da vítima, Felipe Souza Santos caiu de uma altura de quase 20 metros. Com investimento inicial de mais de R$ 10 milhões, a obra está paralisada desde maio de 2020 (saiba mais abaixo).

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O tio do menino contou que ele foi socorrido pelos moradores que acionaram o resgate. O garoto foi encaminhado para o Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos, mas não resistiu aos ferimentos e morreu neste domingo (28).

Em nota, a Prefeitura de Poá afirmou que lamenta o ocorrido e informa que o local da obra é totalmente "cercado" por gradil. "O que ocorre é que, devido às constantes ações de vandalismo e furtos do gradil, há brechas que facilitam o acesso em alguns pontos."

A obra em questão já foi tema de reportagens da TV Diário e do g1, por conta das reclamações dos moradores sobre a falta de segurança no local e até o alto valor investido para uma obra inacabada.

Obra Centro Educacional Poaense Poá

Reprodução/TV Diário

Segundo o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE), o valor inicial do contrato - assinado em 2019 - foi de R$ 10.743.185,49 e a obra deveria ter sido entregue em novembro de 2020. Entretanto, a falta de recursos por parte da Prefeitura fez com que ela fosse paralisada em maio de 2020.

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A Prefeitura de Poá disse ainda que a construção do Centro Educacional Poaense (CEP) foi iniciada e paralisada pelas gestões anteriores. Contudo, a atual administração realiza vistorias no local e fez levantamento de custo e demanda para retomar e finalizar as obras, mas, devido ao valor elevado e à indisponibilidade orçamentária, busca parcerias para sua conclusão.

Além disso, informou que existe patrulhamento no local, que é realizado pela Guarda Civil Municipal (GCM).

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