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Dólar abre em alta, com investidores repercutindo Copom e Fed

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Por REDAÇÃO: NOVA TV ALTO TIETÊ em 01/08/2024 às 09:23:21

No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,66%, cotada em R$ 5,6546. Com o resultado, fechou o mês com valorização de 1,18%. O principal índice de ações da bolsa, por sua vez, encerrou com um avanço de 1,20%, aos 127.652 pontos. Dólar

Karolina Kaboompics/Pexels

O dólar abriu em alta nesta quinta-feira (1°), com investidores repercutindo as decisões de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) e do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Ontem, as duas instituições decidiram manter suas taxas de juros inalteradas. No Brasil, a taxa Selic permaneceu em 10,50% ao ano, mas com sinalizações de que o Copom está cauteloso com o cenário econômico.

Já nos Estados Unidos, o Fed manteve os juros em uma faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. Em entrevista a jornalistas, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que um corte na taxa poderá ser discutido na próxima reunião, caso os dados econômicos caminhem conforme o esperado.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

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Dólar

Às 09h05, o dólar subia 0,27%, cotado a R$ 5,6693. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda norte-americana teve alta de 0,66%, cotada em R$ 5,6541.

Com o resultado, acumulou:

queda de 0,07% na semana;

ganho de 1,18% no mês;

alta de 16,52% no ano.

Ibovespa

O Ibovespa começa a operar às 10h.

Na véspera, o índice fechou em alta de 1,20%, aos 127.652 pontos.

Com o resultado, o Ibovespa acumulou:

alta de 0,12% na semana;

ganhos de 3,02% no mês;

perdas de 4,87% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?

A decisão do Fed já era esperada pelo mercado e veio após o comitê ter mantido o mesmo referencial na última decisão, em junho — chegando, agora, à oitava reunião consecutiva de juros inalterados.

Em entrevista a jornalistas, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que um corte na taxa poderá ser discutido na próxima reunião, caso os dados econômicos caminhem conforme o esperado.

"Uma redução em nossa taxa básica de juros pode estar na mesa já na próxima reunião, em setembro", disse Powell. "As leituras de inflação do segundo trimestre aumentaram nossa confiança, e novos dados positivos fortaleceriam ainda mais essa confiança."

Em comunicado, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) afirmou que, nos últimos meses, houve algum progresso adicional em direção à sua meta de inflação, que é de 2%.

Apesar disso, voltou a afirmar que não considera apropriado reduzir o intervalo de juros até que tenha "maior confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável" para a meta. Segundo o colegiado, a inflação diminuiu no ano passado, "mas continua um pouco elevada".

O Fomc também destacou que está "preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surjam riscos que possam impedir o alcance de seus objetivos".

Sobre o mercado de trabalho, o comitê afirmou que "os ganhos no emprego permaneceram moderados e a taxa de desemprego subiu, mas continua baixa". Disse ainda que "os riscos para atingir suas metas de emprego e inflação continuam a se mover para um melhor equilíbrio".

O colegiado ponderou, no entanto, que a perspectiva econômica é incerta, e que segue "atento aos riscos para ambos os lados de seu mandato duplo".

Participantes do mercado acreditam que o corte deve acontecer já em setembro, tendo em vista o ambiente inflacionário mais controlado na maior economia do mundo.

O PCE — que é o índice de inflação preferido do Fed, pois considera, em seu cálculo, apenas uma cesta dos bens e serviços mais utilizados pela população em determinado período — desacelerou no último mês a 2,5% na taxa anual, em linha com as projeções.

Antes do comunicado do Fomc, a ferramenta de monitoramento das expectativas FedWatch, do CME Group, 89,6% dos participantes do mercado esperam que os juros caíam 0,25 pontos percentuais em setembro, dando início ao ciclo de cortes.

No Brasil, a estimativa também é de que o Copom mantenha a taxa Selic inalterada, em 10,50% ao ano, enquanto as projeções de inflação continuam subindo e a questão fiscal do governo permanece um ponto de cautela e incerteza para o mercado.

O destaque, porém, ficará com o comunicado do comitê, divulgado após a reunião. Investidores querem ver mais detalhes sobre quais foram os pontos de atenção do Copom na análise e o que deve estar no radar nos próximos meses e possa ser determinante para o futuro dos juros no país.

Ainda no cenário doméstico, o fiscal continua chamando a atenção. Em meados de julho, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um bloqueio de R$ 11,2 bilhões no Orçamento de 2024. Além disso, anunciou também um contingenciamento de R$ 3,8 bilhões, totalizando R$ 15 bilhões.

À época, o ministro explicou que as medidas eram necessárias para cumprir a regra de gastos do governo prevista no arcabouço fiscal. De maneira geral, o arcabouço determina que despesas só podem crescer em uma certa proporção das receitas.

Ontem, o governo detalhou os cortes e os ministérios da Saúde e das Cidades foram os mais afetados pelos cortes, com o primeiro tendo uma redução de R$ 4,4 bilhões e o segundo, de R$ 2,1 bilhões. Transportes e Educação também foram atingidos, com queda de R$ 1,5 bilhão e R$ R$ 1,2 bilhão respectivamente.

O PAC, principal programa de obras do governo, teve R$ 4,5 bilhões congelados. Os investimentos do PAC são distribuídos entre várias pastas. Por isso, pode haver cortes nas Cidades e cortes nos Transportes que se refiram ao PAC. As emendas parlamentares, R$ 1,1 bilhão.

Fonte: ECONOMIA

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