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Lula assina decreto que promete aumentar oferta de gás natural e baratear insumo

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Por REDAÇÃO: NOVA TV ALTO TIETÊ em 26/08/2024 às 11:49:59

Iniciativa é resultado do grupo de trabalho do Programa Gás para Empregar, que há mais de um ano estuda maneiras de incentivar o mercado. Lula assina decreto que promete aumentar oferta de gás natural e baratear insumo

Reprodução/CanalGov

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta segunda-feira (26) um decreto que promete aumentar a oferta de gás natural, barateando o insumo para a indústria.

O decreto é resultado do grupo de trabalho do Programa Gás para Empregar, que há mais de um ano estuda maneiras de incentivar o mercado.

O gás natural é usado como insumo para uma série de produtos, seja como matéria-prima ou como fonte de calor, representando grande parte dos custos da indústria.

O barateamento do gás é uma forma de incentivar o setor.

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O decreto dá mais poder à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para atuar em todos os elos da cadeia e determinar a redução dos índices de reinjeção de gás.

Na reinjeção, o gás extraído dos campos de petróleo é injetado novamente nos poços. Isso é feito, principalmente, por três razões:

melhorar a extração de petróleo: a reinjeção de gás é usada para aumentar a produção de petróleo, exercendo pressão dentro dos poços;

falta de infraestrutura: é necessário a instalação de gasodutos para trazer a produção de gás até a costa; unidades de processamento — que funcionam como "refinarias" de gás —para processar o insumo de acordo com especificações químicas; e gasodutos de transporte para levar o gás até os centros de consumo;

alto teor de carbono: o gás do pré-sal tem alto teor de gás carbônico, o que torna o seu processamento mais custoso. Por isso, as petroleiras optam por reinjetar o gás e aumentar a produção de petróleo.

No pré-sal, os índices de reinjeção vêm batendo recordes, acima dos 50%. Ou seja, mais da metade da produção de gás é injetada novamente no solo.

O texto também dá poder para a ANP determinar o aumento da produção em campos em operação, revisitando os planos de desenvolvimento apresentados pelas petroleiras à agência reguladora.

Já a estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE) deve atuar como planejadora da infraestrutura, sinalizando a possibilidade de se utilizar "hubs" — produção compartilhada entre outros campos — e a infraestrutura existente para processamento de gás.

O decreto foi discutido na manhã desta segunda-feira (26), durante reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) — o principal órgão de assessoramento do presidente na criação de políticas na área de energia.

O conselho, presidido pelo Ministério de Minas e Energia, reúne representantes do governo federal, sociedade civil e instituições ensino.

Lula acompanhou reunião do CNPE no ano passado, quando foi criado um grupo de trabalho para discutir o Programa Gás Para Empregar.

Fonte: ECONOMIA

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