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Empresários e economistas assinam pacto pela natureza

Documento cita necessidade de reforço nas medidas de proteção à natureza e defende agenda econômica adaptada à nova realidade do clima.

Por REDAÇÃO: NOVA TV ALTO TIETÊ em 28/08/2024 às 10:47:18

Foto: G1 - Globo

Documento cita necessidade de reforço nas medidas de proteção à natureza e defende agenda econômica adaptada à nova realidade do clima. Um grupo de economistas, empresários e personalidades brasileiras anunciou o 'Pacto Econômico pela Natureza', uma carta que pede o reforço das medidas de proteção à natureza e uma agenda econômica adaptada à nova realidade do clima.

O documento alerta que catástrofes recentes, como as enchentes no Rio Grande do Sul, além dos incêndios de grandes proporções em biomas como o Pantanal, mostram a urgência de uma união dos setores para enfrentar as mudanças climáticas e proteger a natureza.

Veja abaixo o documento na integra.

A catástrofe humanitária no Rio Grande do Sul e o recorde de focos de incêndio no Pantanal tornam ainda mais urgente a necessidade de unirmos esforços para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.

Não temos à mão fórmulas prontas, soluções fáceis. Mas, como cidadãos perplexos com o impacto socioeconômico dos eventos extremos e com o despreparo da nossa nação, manifestamos aqui nosso compromisso de buscar as saídas em conjunto com toda a sociedade.

Precisamos colaborar com o Executivo na estratégia de combate ao desmatamento ilegal e na recuperação de áreas degradadas. Precisamos contribuir com o Legislativo na criação de leis que disciplinem o licenciamento ambiental e protejam as florestas. Precisamos incentivar um Judiciário atuante na defesa do direito constitucional ao meio ambiente, algo em que o Brasil, aliás, foi pioneiro e referência. Precisamos dos Três Poderes alinhados —tanto no diagnóstico das oportunidades e riscos pela frente, como no compromisso em torno de um programa que faça do Brasil uma potência de soluções sustentáveis

Não é justo, porém, empurrar todo o ônus para o Poder Público. E não é produtivo gastar tempo apontando culpados, caçando bruxas. Todos os brasileiros temos a responsabilidade de transformar a dor em esperança e de repensar hábitos e processos.

Entendemos que cabe à iniciativa privada acelerar a adaptação da nossa economia à nova realidade do clima. Seja porque atuais fontes de geração de riqueza no país estão sob risco, seja porque uma mobilização de conformidade ambiental dará acesso a mais recursos e mercados.

Um pacto econômico com a natureza impulsionará a nação no cenário global. Temos vantagens competitivas que nos são exclusivas e de que o mundo necessita. Podemos gerar renda e empregos e, ao mesmo tempo, preservar as áreas verdes e transformar espaços urbanos.

Em 2025 o Brasil será anfitrião da COP, fórum global que discute o enfrentamento da crise climática. É fundamental que o país construa com profundidade e velocidade as diretrizes e metas de um plano nacional de descarbonização para ser levado ao evento. O empresariado e os Três Poderes precisam se unir o quanto antes para encarar esse desafio, em uma coalizão em defesa do nosso meio ambiente, da nossa economia e da prosperidade da nossa população.

Nomes que assinam o pacto

Álvaro de Souza

Ana Maria Diniz

Ana Paula Pessoa

Anis Chacur

Antônio Mathias

Arminio Fraga

Betânia Tanure

Candido Bracher

Daniel Castanho

David Zylbersztajn

Eduardo Bartolomeo

Eduardo Sirotsky Melzer

Eduardo Vassimon

Elie Horn

Eugênio Mattar

Fabiana Alves

Fabio Barbosa

Fernando Simões

Guilherme Benchimol

Guilherme Leal

Guilherme Quintella

Jayme Garfinkel

Joaquim Levy

José Alberto Abreu

José Berenguer

José Luiz Setúbal

José Olympio Pereira

Hélio Mattar

Horacio Piva

Irlau Machado

Luiz Fernando Furlan

Marcelo Bueno

Marcelo Kalim

Marcos Molina

Maria Silvia Bastos

Paulo Caffarelli

Paulo Hartung

Paulo Kakinoff

Paulo Souza

Pedro Bueno

Pedro de Camargo Neto

Pedro Parente

Pedro Passos

Pedro Wongtschowski

Ricardo Marino

Roberto Klabin

Roberto Rodrigues

Rodrigo Galindo

Rubens Menin

Rubens Ometto

Tito Enrique Silva Neto

Walter Schalka

Fonte: ECONOMIA

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