Julgamento do caso Marcelinho Carioca: Justiça de SP vai interrogar 6 réus presos acusados de sequestrar ex-jogador e amiga

Audiência será nesta sexta (30). Ídolo do Corinthians e Taís Oliveira foram sequestrados em 2023 em Itaquaquecetuba. Polícia libertou vítimas. No total, oito pessoas estão presas pelo crime; um dos réus será interrogado em setembro. Oitavo detido ainda não será julgado. Eliane Lopes de Amorim, Thauanata Lopes dos Santos, Wadson Fernandes, Jones Santos Ferreira, Caio Pereira da Silva e Camily Novais da Silva: presos acusados de participação no sequestro de Marcelinho Carioca e de sua amiga

Reprodução

A Justiça marcou para às 14h desta sexta-feira (30) os interrogatórios de seis acusados de participar do sequestro de Marcelinho Carioca e de Taís Alcântara de Oliveira. Essa é uma das últimas etapas do julgamento dos réus.

O grupo responde preso pelos crimes de associação criminosa, receptação, roubo, extorsão mediante sequestro e lavagem de dinheiro. Depois disso, será dada a sentença de cada um deles. Não há previsão, no entanto, de quando isso ocorrerá.

O crime contra o ex-jogador e a amiga dele foi cometido em 17 de dezembro de 2023 em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. A vítimas acabaram soltas um dia depois pela Polícia Militar (PM), que prendeu parte do grupo. Os demais foram detidos depois pela Polícia Civil.

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10 pessoas participaram do sequestro

Fantástico mostra, com exclusividade, o resgate de Marcelinho Carioca.

Segundo a Divisão Antissequestro (DAS), com sede na capital paulista, dez pessoas participaram da quadrilha (sendo sete homens e três mulheres) que sequestrou o ídolo do Corinthians e a funcionária da Secretaria de Esportes de Itaquaquecetuba para pedir dinheiro. Parte do resgate chegou a ser pago aos criminosos pelos familiares e amigos de Marcelinho. Mas as vítimas não foram soltas e acabaram agredidas e ameaçadas.

Oito dos investigados estão presos atualmente (sete deles preventivamente _sem prazo para sair_ e um, temporariamente). Sendo que, do total de detidos, sete são réus no processo do caso.

Mas só seis deles poderão ser interrogados nesta sexta: Eliane de Amorim , Thauannata dos Santos, Wadson Fernandes Santos, Jones Santos Ferreira e Caio Pereira da Silva. A audiência desses presos preventivamente será feita por videoconferência. Quem a conduzirá a sessão será o juiz Sérgio Cedano, da 2ª Vara Criminal do Fórum de Itaquaquecetuba. Os réus falarão diretamente das prisões onde estão.

7º réu será interrogado depois

Matheus Eduardo Candido da Costa está preso preventivamente

Reprodução

O sétimo réu preso preventivamente, Matheus Eduardo Candido Costa, deverá ser interrogado somente no próximo dia 13 de setembro. Até então, ele foi o último foragido a ser detido pela DAS, em 16 de agosto.

"O processo será desmembrado em relação a ele", informou nesta semana o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), por meio de sua assessoria de imprensa.

8º investigado está preso temporariamente

Michael dos Santos Rocha está em prisão temporária

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A oitava pessoa do grupo que está presa é Michael dos Santos Rocha, detido pela Divisão Antissequestro em 9 de agosto. A prisão dele é temporária. Apesar de ter sido indiciado pela polícia pelos crimes, ele ainda não foi denunciado pela Ministério Público (MP). E como ainda não se tornou réu pela Justiça, não poderá ser julgado nesse momento.

A DAS ainda investiga o envolvimento de mais dois homens na quadrilha. A reportagem tenta contato com os advogados de defesa dos presos para comentarem o assunto.

Julgamento do caso

Mulher sequestrada com Marcelinho Carioca

WILLIAN MOREIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO; Reprodução/g1

O julgamento dos sete réus acusados de participarem do sequestro de Marcelinho e Taís teve início no último dia 2 de agosto, quando a Justiça ouviu as vítimas e as testemunhas de acusação e de defesa do caso.

Como o sequestro não é um crime doloso contra a vida, no qual um júri popular julga os acusados, quem decidirá se os réus serão condenados ou absolvidos será um juiz, no caso o magistrado.

Crime não foi planejado

Marcelinho Carioca em entrevista após ser encontrado

ROBERTO SUNGI/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Segundo a DAS, o sequestro não foi planejado pelos criminosos e aconteceu por acaso, quando o ex-jogador foi a uma comunidade em Itaquaquecetuba levar ingressos de um show para ela.

De acordo com a investigação, o carro de luxo do ex-atleta chamou a atenção dos bandidos, que estavam armados e decidiram abordá-los. Eles obrigaram as vítimas a gravarem um vídeo e divulgaram nas redes sociais para tentar atrapalhar a polícia na localização delas.

Marcelinho e Taís

Marcelinho Carioca afirma que foi obrigado a gravar vídeo em que diz ter se envolvido com mulher casada

O ex-jogador e a amiga foram encontrados pela Polícia Militar, que gravou a libertação das vítimas (veja vídeo acima) e prendeu alguns dos suspeitos ainda no cativeiro.

" Colocaram a arma por baixo da toalha, aí senti aquela coisa gelada", relembrou Marcelinho em entrevista ao Fantástico.

Taís é funcionária da Secretaria de Esportes de Itaquaquecetuba, onde o ex-atleta foi secretário até janeiro deste ano.

"O tempo todo eles pediam só para passar senha de Pix, essas coisas. Eles pegaram meu celular, provavelmente devem ter olhado o banco e, vendo que não tinha saldo, estavam mais pedindo para o Marcelo", contou Taís em entrevista por vídeo ao g1.

Sequestro Marcelinho Carioca

Arte/g1

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G1