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Dólar abre com volatilidade à espera de relatório de emprego nos EUA

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Por REDAÇÃO: NOVA TV ALTO TIETÊ em 06/09/2024 às 09:25:08

Foto: G1 - Globo

No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 1,22%, cotada a R$ 5,5706. Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, avançou 0,29%, aos 136.502 pontos.

Karolina Grabowska/Pexels

O dólar abriu com volatilidade nesta sexta-feira (6), oscilando entre leves altas e baixas, enquanto investidores aguardam a divulgação do payroll, principal relatório de emprego dos Estados Unidos.

O mercado observa com atenção os dados para analisar como anda a economia e tentar se antecipar aos próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que pode iniciar um ciclo de corte nos juros ainda em setembro.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

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Dólar

Às 09h, o dólar caía 0,05%, cotado a R$ 5,5674. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda americana teve baixa de 1,22%, cotada em R$ 5,6706.

Com o resultado, acumulou:

queda de 1,10% na semana e no mês;

avanço de 14,80% no ano.

Ibovespa

O Ibovespa começa a operar às 10h.

Na véspera, o índice fechou em alta de 0,29%, aos 136.502 pontos.

Com o resultado o Ibovespa, acumulou:

alta de 0,37% na semana e no mês;

ganho de 1,73% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?

As preocupações de que o esfriamento do mercado de trabalho possa significar uma recessão iminente têm aumentado o sentimento de cautela, com o S&P 500 caindo mais de 2% até agora nesta semana e as ações de tecnologia recuando quase 5%.

O payroll de julho mostrou uma taxa de desemprego alta para os padrões americanos, de 4,3%, além de uma geração de novas vagas muito menor que a esperada, com 114 mil vagas contra uma expectativa de 175 mil.

Nesta quinta, a percepção de enfraquecimento aumentou com os números do relatório ADP, com a criação de somente 99 mil novas vagas. Apesar disso, na última semana, os Estados Unidos tiveram uma redução no número de pedidos iniciais por seguro-sesemprego, caindo de 232 mil para 227 mil.

Esses números fazem coro ao Livro Bege divulgado pelo Fed nesta quarta-feira (4).

A atividade econômica dos Estados Unidos teve uma expansão mais lenta entre julho e agosto, e as empresas relataram menos contratações, segundo o Livro Bege. O documento reúne entrevistas com empresas nos 12 distritos do banco central, até o dia 26 de agosto.

O cenário reforça a expectativa de que o Fed deverá reduzir a taxa básica de juros neste mês.

A avaliação do banco central norte-americano sobre a saúde da economia do país também mostrou que as pressões sobre a inflação aumentaram em um ritmo modesto.

"A atividade econômica cresceu ligeiramente em três distritos, enquanto o número de distritos que relataram atividade estável ou em declínio aumentou de cinco no período anterior para nove no período atual", disse o Fed.

Ainda segundo o documento, empregadores foram mais seletivos em suas contratações e menos propensos a expandir sua força de trabalho, em meio a preocupações com a demanda e uma perspectiva econômica incerta.

O Livro Bege, divulgado aproximadamente a cada seis semanas, foi publicado em um momento em que o presidente do Fed, Jerome Powell, e demais autoridades deixaram claro que pretendem cortar a taxa básica de juros na próxima reunião de política monetária, nos dias 17 e 18 de setembro.

A única incerteza é se as condições enfraquecidas do mercado de trabalho demandam um corte de 0,25 ponto percentual ou uma redução maior de 0,50 ponto percentual.

No cenário doméstico, com uma agenda econômica mais fraca, o mercado segue repercutindo falas recentes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele avaliou nesta quarta-feira (4) que será necessário realizar um debate sobre o crescimento dos gastos obrigatórios, que estão avançando fortemente com o crescimento das despesas previdenciárias.

Se nada for feito, ele admitiu que os gastos livres dos Ministérios, conhecidos como "discricionários", acabarão nos próximos anos – o que poderá levar a uma paralisia do Estado e o fim de recursos para algumas ações importantes.

"Todas regras mantidas, as despesas obrigatórias vão consumir as despesas discricionárias. Vamos ter de fazer um debate sobre isso", declarou Haddad, em entrevista ao programa "Em Ponto", da GloboNews.

O governo tem se concentrado, até então, na revisão de cadastros, algo que já havia sido anunciado anteriormente. O objetivo é limitar o pagamento dos benefícios a quem tem direito, diminuindo as fraudes.

Estão sendo revistos os registros de quem tem direito ao Bolsa Família, ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), quem está no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) e no auxílio-doença, entre outros.

Segundo analistas, entretanto, essa revisão têm fôlego curto.

* Com informações da agência de notícias Reuters

Fonte: ECONOMIA

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