Segundo a estudante, o suspeito costuma jogar o apagador de giz nos alunos, ameaçar com uma vara de bambu, dar apelidos como "gatinha" e "lindinha" às alunas e fazer brincadeiras, principalmente as de duplo sentido. Ele foi afastado do cargo. A mãe de uma adolescente de 15 anos registrou uma denúncia contra um professor da Escola Técnica Estadual (Etec) de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, após a filha relatar ter sido chamada de "prostituta" pelo docente, além de outros assédios disfarçados de "brincadeira". O caso foi registrado no início do mês passado e o suspeito foi afastado do cargo na quinta-feira (5).
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Ao g1, mãe da estudante - que prefere não se identificar - contou que, um dia, chegou em casa e encontrou a filha chorando. Ao ser questionada, a menina contou que o professor disse, na frente da sala toda, que "algumas pessoas ali não precisariam fazer esforço para entrar em uma faculdade, principalmente a [nome da vítima], porque prostituta geralmente é bem sucedida".
Em nota, o Centro Paula Souza afirmou que repudia toda forma de assédio e mantém uma Comissão Permanente de Orientação e Prevenção contra o Assédio Moral e Sexual (Copams).
Segundo o boletim de ocorrência, a estudante relatou que o professor costuma jogar o apagador de giz nos alunos, ameaçar com uma vara de bambu, dar apelidos como "gatinha" e "lindinha" às alunas e fazer brincadeiras, principalmente as de duplo sentido, como uma vez em que ela estava com o cabelo preso e ele afirmou estar "pegando no rabo dela", enquanto segurava o cabelo da menina.
A mãe da vítima contou que a menina sempre ficou incomodada com isso, mas nunca disse a ninguém porque, segundo o suspeito, "não daria em nada".
"Eu já tenho vários processos, pode chamar sua mãe ou seu pai que nada vai acontecer comigo", dizia o professor aos alunos, de acordo com o que foi relatado pela estudante no boletim de ocorrência.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a autoridade notificou as partes envolvidas e aguarda pelo comparecimento delas na delegacia. Outras diligências também seguem em andamento e detalhes serão preservados por envolver menor de idade e para garantir a autonomia ao trabalho policial.
Em nota, o Centro Paula Souza (CPS) informou que instaurou uma apuração dos fatos e afastou o professor na quinta-feira (5). A escola acolheu a aluna e seus familiares. Disse ainda que repudia toda forma de assédio e mantém uma Comissão Permanente de Orientação e Prevenção contra o Assédio Moral e Sexual (Copams).
O caso foi registrado como intimidação sistemática (bullying) e está sob investigação no 1° Distrito Policial de Mogi das Cruzes.
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