Santa Isabel é a cidade da Grande SP com a área mais devastada por queimadas no ano

Segundo dados do MapBiomas, cidade do Alto Tietê teve 443 hectares afetados por queimadas nos oito primeiros meses do ano. Município decretou na quarta-feira situação de emergência por causa dos incêndios nas últimas semanas. Parque Itaberaba Santa Isabel incêndio

Cláudio Gunther/Reprodução

620 campos de futebol. Esta é a dimensão da área atingida pelas queimadas em Santa Isabel de janeiro a agosto deste ano, segundo dados do Monitor do Fogo, plataforma desenvolvida pelo MapBiomas.

De acordo com o levantamento do g1, o município é o que possui a área mais devastada por incêndios no período em toda a Grande São Paulo, com 443 hectares ou 7,19 km². Na quarta-feira (25), Santa Isabel decretou situação de emergência por causa de incêndios florestais ocorridos nas últimas semanas.

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Ainda segundo o Monitor do Fogo, o número representa um aumento de 54% em relação a variação média anterior e uma diminuição de 32% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Das 39 cidades da Grande São Paulo, as mais afetadas pelo fogo nos primeiros oito meses do ano são:

Santa Isabel: 443 hectares;

Pirapora do Bom Jesus: 294 hectares;

Santana do Parnaíba: 189 hectares;

Cajamar: 187 hectares;

Mairiporã: 119 hectares.

O levantamento também indica que 98,8% dos incêndios na cidade neste ano se concentraram em áreas de agropecuária.

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Santa Isabel fica no Alto Tietê que faz parte da região metropolitana e é composto por dez municípios e que, no total, teve 719 hectares afetados por queimadas até agosto — cerca de mil campos de futebol consumidos pelo fogo.

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Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de focos de incêndios registrado em agosto de 2024 já é o maior desde o início da série histórica do órgão, em 1998. Em setembro, já foram contabilizados 3.483 focos pelo satélite de referência do instituto.

Já o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), aponta que, entre os dias 22 e 24 de agosto, o estado teve 2,6 mil focos de calor, sendo que 81,29% estavam concentrados em áreas de uso agropecuário, como plantações de cana-de-açúcar e pastagens.

Situação de emergência

Segundo o decreto de situação de emergência em Santa Isabel, "o período de seca contribui para a proliferação de incêndios florestais de grandes proporções, que se alastram rapidamente devido à baixa umidade do ar e à grande quantidade de material combustível disponível, causando a destruição da vegetação nativa, perda da biodiversidade, emissão de gases poluentes, dentre outros".

A medida foi adotada, ainda de acordo com a Prefeitura de Santa Isabel, considerando relatório técnico da Defesa Civil do município que aponta estiagem, seca e a ocorrência de incêndios em áreas protegidas.

Além disso, todo o estado de São Paulo está em situação de emergência.

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