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ALTO TIETÊ

'Eu só ouvia tiro e via todo mundo correndo', diz noiva que teve casamento interrompido após homem armado invadir festa

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Everton Perales dos Santos, de 37 anos, invadiu o casamento em busca da ex-mulher, que era a dona do buffet, atirou nele mesmo durante negociação com a polícia e morreu no hospital. Nenhum dos convidados ficou ferido na ação. Entrada do local em que era realizada a cerimônia de casamento de Kelvin Trindade do Nascimento e Vitória Caroline Trindade dos Santos

Reprodução/TV Diário

"Desesperador" e "traumatizante": é assim que os noivos que tiveram o casamento interrompido, após homem armado invadir festa em Poá, na Grande São Paulo, descrevem o momento (leia o relato abaixo).

O caso aconteceu na noite de sábado (12). O suspeito invadiu o local em busca da ex-mulher, que é dona do buffet contratado para a cerimônia, atirou nele mesmo durante negociação com a polícia e morreu no hospital na madrugada deste domingo (13). Nenhum dos convidados ficou ferido na ação.

"Eu ouvia tiro, não sabia se tinha machucado alguém, se alguém tinha sido baleado, o que estava acontecendo", relatou a noiva Vitória Caroline Trindade dos Santos.

Segundo a polícia, o suspeito era Everton Perales dos Santos, de 37 anos. Ao ser procurada pela equipe da TV Diário, a ex-mulher do suspeito não quis comentar sobre o assunto. O caso foi registrado na Delegacia de Polícia de Itaquaquecetuba.

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'A gente não sabia se era real ou se era mentira'

O noivo, Kelvin Trindade do Nascimento, contou que ele e a noiva, Vitória Caroline Trindade dos Santos, estão juntos há seis anos e planejavam a cerimônia de casamento há dois. Ao todo, 160 pessoas - entre crianças e adultos - estavam no local para celebrar o amor do casal.

"Tivemos que nos ajustar para pagar, nenhuma festa é barata. Só que começou de um jeito e terminou de outro. Isso nos entristeceu muito. De alguma forma, vai deixar trauma. O que era para ser um casamento normal, não foi. Ninguém espera isso em uma festa".

Tudo aconteceu enquanto Kelvin Nascimento esperava, no altar, a entrada da noiva. Segundo ele, o suspeito entrou no local para procurar a ex-mulher, não encontrou e saiu. Entretanto, na segunda vez que ele apareceu no espaço, a confusão começou. "Ele veio armado, com raiva. Deu um primeiro tiro para o alto e disse 'acabou a festa'. A gente não sabia se era real, se era mentira. E aí foi quando ele tirou uma marreta que ele tava, bateu no vidro e quebrou. Nesse momento caiu a ficha e todo mundo começou a correr".

"Parece, aos nossos olhos, que foi um caso de vida ou morte. Mas que bom que ficou todo mundo vivo e bem. Depois, ele [suspeito] ficou quebrando tudo lá, o pessoal entrou, pegou algumas coisas, tinha gente no banheiro, ele falou 'não quero matar ninguém', mas ele não viu as consequências. Ele não fez reféns, mas depois deu mais uns tiros para o alto. O cara estava loucão", completou.

'Eu só ouvia tiro e via todo mundo correndo'

Quem acompanhou toda a situação, mas de outro ponto de vista, foi a Vitória Caroline Trindade dos Santos. Ela aguardava no carro, do lado de fora do espaço, quando os tiros começaram.

"Eu fiquei desesperada, porque eu só ouvia tiro e via todo mundo correndo. Minha família estava lá dentro ainda, meus convidados estavam lá dentro ainda. Eu ouvia tiro, não sabia se tinha machucado alguém, se alguém tinha sido baleado, o que tava acontecendo. Eu gritava, gritava, e ninguém deixava eu sair do carro... Foi desesperador", contou.

Homem armado invade festa de casamento em Poá

Guarda Civil Municipal de Poá

Sobre o caso

Everton Perales dos Santos, de 37 anos, invadiu uma festa de casamento em Poá, na Grande São Paulo, na noite de sábado (12). Segundo a Guarda Civil Municipal (GCM), o suspeito estava armado e buscava a ex-mulher, que é dona do buffet contratado para o casamento.

De acordo com a GCM, o suspeito não encontrou a ex, começou a atirar e os convidados saíram correndo. Não houve nenhum refém e nem registro de feridos.

Três viaturas da Polícia Militar foram para o local. Os agentes pediram reforço das cidades vizinhas. Durante negociação com o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar, o suspeito atirou nele mesmo e foi encaminhado para o Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada deste domingo (13).

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