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Mogi das Cruzes

Professora se especializa após aposentadoria para promover inclusão a alunos autistas em escola estadual de Mogi


Maria de Lourdes de Moraes Pezzuol, a professora Lourdinha, foi atrás de conhecimento para oferecer inclusão a alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Professora especialista em autismo dá aula após aposentadoria

O amor à profissão pode melhorar vidas. É possível encontrar exemplos em todas as profissões, mas no magistério é certeza. O Diário TV conta a história de Maria de Lourdes de Moraes Pezzuol, a professora Lourdinha, que se especializou depois da aposentadoria só para continuar na sala de aula e atender alunos sensacionais.

Não tem outro lugar no mundo em que a Lourdinha se sinta tão à vontade. Em mais de três décadas de profissão é na escola que ela está em casa.

“Escola para mim é assim… é amorosidade, é dedicação, é profissionalismo”, contou a professora Maria de Lourdes de Moraes Pezzuol, conhecida como Lourdinha.

Foi num pátio de uma escola, durante uma aula de educação física, que chegaram os primeiros alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Um desafio para a professora que precisou ir atrás de conhecimento para oferecer a inclusão que essas crianças precisavam.

“Eu fiz uma pós-graduação com o Transtorno do Espectro do Autismo e o EE ele não é um reforço, ele precisa ser, assim, um atendimento de estímulos, para trabalhar as dificuldades e fortalecer as habilidades, potencialidades desses alunos”, explicou a professora.

Alunos da Escola Estadual Antônio Mármora Filho, em Mogi, são atendidos pela professora Lourdinha

TV Diário/Reprodução

Desde 2018, é em um cantinho reservado e divertido que Lourdinha recebe alunos com TEA da Escola Estadual Antônio Mármora Filho, que fica em Mogi das Cruzes. O atendimento é feito três vezes por semana, com aulas de 45 minutos. De forma lúdica, trabalha habilidades e o atendimento é individualizado. Com paciência e muito carinho, a professora identifica as necessidades de cada criança e atua em cima disso.

“Eu não posso planejar, fazer um planejamento, para todos iguais. Eu tenho que identificar o perfil, conversar muito com as famílias, meu relatório pedagógico. Então, preciso trazer todas essas questões para que eu possa mesmo fazer um planejamento individual para cada um”, detalhou Lourdinha.

O estudante Brayan Lira do Prado, de 13 anos, por exemplo, chegou com algumas dificuldades na aprendizagem. A melhora é tão nítida que ele mesmo percebeu a diferença.

“Eu tinha dificuldade de escrever e ler, que eu tava muito lento e tal. E aí depois que eu descobri que eu sou autista de grau leve”, disse Brayan. O aluno também afirmou que houve melhora após iniciar as aulas com a professora Lourdinha. “Eu melhorei bastante".

Já o Caio Iudi tem altas habilidades. O que funciona pra ele é a tecnologia.

A atenção faz com que os meninos entendam que a professora está na escola para ajudar, até mesmo quando ela fica um pouco mais séria, como contou o estudante Caio Fillipi dos Santos Luís, de 11 anos. “Muito, tá, é verdade. Faz parte”.

Para Lourdinha, que está completando quatro anos dedicados exclusivamente ao atendimento educacional especializado, a sensação de ver o desenvolvimento de cada um desses meninos não há dinheiro no mundo que pague.

“Eu tenho uns dois alunos que eu atendo desde 2018. Acho que já foram uns 10. E um deles finalizou o terceiro [ano] do ensino médio. Então, eu ainda tenho o relato da mãe, tenho o acompanhamento dele com a família. Hoje ele lê, ele escreve, tem interesse. Sempre troco livros, sempre mando livros ainda pra ele pra ele ler em casa. Então, assim, é muito gratificante esse trabalho. A gente não fala educação especial, é especial para alguém. A gente precisa falar educação inclusiva, que é incluir a todos, que é necessário”.

E pode ter certeza que a professora Lourdinha vai estar para sempre na vida deles, como contou Brayan.

“Quero ter uma profissão sim, ser um paleontólogo, encontrar um dos fósseis mais raros aqui do Brasil. “Eu vou lembrar bastante dela, porque ela que me apoiou, ela que me acolheu, me ajudou. Me ajudou a chegar até aqui, até o 7º ano A, a conseguir meus sucessos. E eu só tiro nota boa na prova, só é 10, 10, 10, 10”.

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