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Dólar abre em alta e bate R$ 5,80 no primeiro pregão de novembro

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Por REDAÇÃO: NOVA TV ALTO TIETÊ em 01/11/2024 às 09:32:52
No dia anterior, a moeda norte-americana teve alta de 0,31%, cotada a R$ 5,7813. Já o principal índice de ações da bolsa de valores encerrou em queda de 0,71%, aos 129.713 pontos. Dólar

Foto de Karolina Kaboompics

O dólar voltou a abrir em alta nesta sexta-feira (1°), iniciando o mês de novembro próximo do patamar dos R$ 5,80, ainda com o cenário de juros no Brasil e nos Estados Unidos no radar, além dos investidores continuarem de olho nos risco fiscal brasileiro.

MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo

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Veja abaixo o resumo dos mercados.

Dólar

Às 09h08, o dólar subia 0,33%, cotado a R$ 5,8001. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda avançou 0,31%, cotada a R$ 5,7813 e renovou o maior patamar em mais de três anos.

Com o resultado, acumulou:

alta de 1,34% na semana;

avanço de 6,14% no mês;

ganho de 19,14% no ano.

O

Ibovespa

O Ibovespa começa a operar às 10h.

Na véspera, o índice encerrou em baixa de 0,71%, aos 129.713 pontos.

Com o resultado, acumulou:

queda de 0,14% na semana;

perdas de 1,59% no mês;

recuo de 3,33% no ano.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

O que está mexendo com os mercados?

Os bons números do mercado de trabalho, com uma forte redução da taxa de desemprego, voltaram a surpreender o mercado. "?Essa é uma taxa baixa para os padrões históricos brasileiros, confirmando a robustez do mercado de trabalho", diz Claudia Moreno, economista do C6 Bank?.

Apesar disso, a economista explica que a queda do desemprego "desafia o controle da inflação de serviços", o que pode gerar uma taxa de juros ainda maior para o Brasil.

"?Se por um lado isso significa que existem mais pessoas ocupadas, o que é bom para a atividade, por outro, torna mais desafiador o controle da inflação, já que há maior pressão sobre os preços dos serviços", comenta Moreno.

Com isso, aumentam as expectativas pela próxima reunião do Copom, prevista para a semana que vem. A maior parte do mercado prevê um novo aumento da taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual, com o Banco Central indicando que deve continuar a perseguir suas metas.

O cenário fiscal brasileiro também segue no radar. Na véspera, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que entende a "inquietação" do mercado sobre o risco fiscal, reiterando que a equipe econômica vai apresentar propostas de cortes de gastos obrigatórios para manter o arcabouço fiscal operante.

Haddad não antecipou quais serão as medidas, mas indicou que elas poderão ser apresentadas nas próximas semanas por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).

"Até entendo a inquietação, mas é que tem gente especulando em torno de coisas. [...]. O meu trabalho é tentar entregar a melhor redação possível para que haja a compreensão do Congresso da situação do mundo, e do Brasil", declarou o ministro.

Haddad ainda destacou que houve uma "convergência importante" com a Casa Civil sobre quais medidas serão apresentadas. O ministro, no entanto, não definiu uma data para o anúncio dessas propostas.

"A dinâmica das despesas obrigatórias tem que caber dentro do arcabouço. A ideia é fazer com que as partes não comprometam o todo que o arcabouço tem, a sustentabilidade de médio e longo prazo", disse.

Segundo o blog do Valdo Cruz, agentes financeiros disseram que, para ter credibilidade, esse pacote precisaria indicar cortes entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões nos gastos públicos. A ideia é que o tamanho do ajuste fiscal fique em torno de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

No noticiário internacional, as atenções do mercado ficaram voltadas para os novos dados da inflação norte-americana. O PCE, índice de preços preferido do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), subiu 0,2% em setembro, em linha com o esperado.

O dado, no entanto, representa uma aceleração em relação ao mês anterior (0,1%) e reforça a perspectiva de que o Fed deve reduzir a magnitude dos cortes de juros em sua próxima reunião de política monetária, também prevista para a semana que vem.

"Os contratos de juros apontam para uma redução de 0,25 ponto percentual na reunião da semana que vem, mas já emerge uma divisão clara nas apostas para o movimento em dezembro, com um pouco mais de probabilidade para uma pausa nas reduções", explica Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.

A visão é reforçada, ainda, pelo resultado da primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos do terceiro trimestre. O indicador, divulgado na véspera, mostrou uma continuidade do crescimento da atividade econômica no país.

"Independentemente dos ajustes mais táticos, o cenário vem confirmando o pouso suave e afastando as preocupações mais alarmantes sobre o enfraquecimento da atividade", destaca Igliori.

*Com informações da agência de notícias Reuters

Fonte: ECONOMIA

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