Autoridades acusam Adani e dois outros executivos da Adani Green Energy de concordar em pagar mais de US$ 250 milhões em subornos a funcionários do governo indiano para obter contratos de fornecimento de energia solar. Gautam Adani em imagem do dia 19 de novembro de 2022, em Mumbai
Indranil Mukherjee/AFP/Arquivo
Gautam Adani, presidente do conglomerado indiano Adani Group e uma das pessoas mais ricas do mundo, foi indiciado em Nova York por um suposto esquema de fraude multibilionário, disseram promotores dos Estados Unidos nesta quarta-feira (20).
As autoridades acusaram Adani e dois outros executivos da Adani Green Energy — seu sobrinho Sagar Adani e Vneet Jaain — de concordar, entre 2020 e 2024, em pagar mais de US$ 250 milhões em subornos a funcionários do governo indiano para obter contratos de fornecimento de energia solar que deveriam render US$ 2 bilhões em lucros.
Os promotores disseram que a empresa de energia renovável também levantou mais de US$ 3 bilhões em empréstimos e títulos durante esse período com base em declarações falsas e enganosas.
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Cinco outras pessoas foram acusadas de conspiração criminal relacionada, incluindo dois executivos de outra empresa de energia renovável e três funcionários de um investidor institucional canadense.
O Adani Group não respondeu imediatamente a pedidos de comentários fora do horário comercial na Índia, onde as acusações foram anunciadas na manhã da quinta-feira (horário local).
Quem é o bilionário Gautam Adani
A embaixada da Índia em Washington não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
De acordo com os registros do tribunal, um juiz emitiu mandados de prisão para Gautam Adani e Sagar Adani, e os promotores planejam entregar esses mandados às autoridades policiais estrangeiras.
Gautam Adani tem um patrimônio de US$ 69,8 bilhões, de acordo com a revista Forbes, o que o torna a 22ª pessoa mais rica do mundo.