ECONOMIA
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, estimou nesta segunda-feira (2) que os debates sobre a reforma do Imposto de Renda, com ampliação do limite de isenção das pessoas físicas para até R$ 5 mil e taxação dos ricos, vão tomar, ao menos, o primeiro semestre de 2025."Vamos focar nesse fim de ano em fazer a revisão de gastos. O que a gente ouviu dos dois [chefes do Legislativo] é que a gente discute ano que vem o IR, fazer uma ampla discussão nacional.Vai tomar pelo menos o primeiro semestre do ano que vem, senão mais", disse Durigan, durante participação no 2° Fórum Político da XP.Ele admitiu que "parte do preço feito na semana passada", ou seja, de subida do dólar e dos juros futuros, além do impacto nas bolsa de valores, veio do anúncio conjunto com o Imposto de Renda com as propostas de revisão de gastos. "É preciso distinguir de maneira clara e transparente. A agenda do IR vem ano que vem. Nesse ano, a gente precisa focar na agenda de despesa para que a gente aprove uma emenda constitucional, e leis infraconstitucionais, para que a gente já tenha em 2025 o impacto que a gente espera no orçamento", acrescentou Durigan. Entre os projetos, que ainda precisam passar pelo crivo do Congresso Nacional, constam um aumento menor do salário mínimo, a redução de verbas na área de educação, mudanças no abono salarial e na aposentadoria dos militares, entre outras.Em sua visão, uma aprovação das propostas pelo Legislativo garante que toda essa incerteza sobre as despesas obrigatórias para os próximos anos acabe. "Vamos conseguir tirar a pressão das despesas obrigatórias em 2025 e 2026, caso a gente aprove essas medidas agora", declarou o secretário.