Hospedagem fica em Arujá, na Grande São Paulo, mas tem atraído clientes de outras cidades. Hotel tem espaço coletivo, salas privativas e nichos para que os gatos possam se entreter. Um dos hóspedes do hotel passeia pelos nichos espalhados no espaço
Arquivo pessoal/Francisca da Conceição do O Santos
Um lugar onde os gatos são tratados como reis - com direito a um espaço de mais de 60 metros quadrados, salas individuais, nichos para subirem e descerem, além de momentos ao sol. Esses são os diferenciais de um hotel criado exclusivamente para receber os bichanos e que funciona em Arujá, na Grande São Paulo. Não à toa, todas as vagas para o final do ano já estão preenchidas.
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No mercado pet, os hotéis e creches para cachorro já são bastante conhecidos. Mas, para os gatos, esses espaços ainda não são tão comuns. E foi a partir de uma experiência pessoal que Francisca da Conceição do O Santos começou a pensar em oferecer estadia aos gatos.
"Eu fui viajar e passei uma semana fora, deixando meus gatinhos na casa. Quando voltei, um deles tinha sumido, mas depois ele voltou. Eu fiquei muito preocupada e foi aí que me deram a ideia de montar um hotel", conta Francisca.
Francisca inaugurou o hotel em 2021
Divulgação/Andressa Ramos
Quem deu a ideia foi a veterinária Kelle Dougla, que tem uma clínica em frente à casa de Francisca. A proprietária do hotel conta que mora em um terreno grande e, com a ajuda da veterinária, decidiu que transformaria um dos imóveis do terreno em um espaço voltado para os felinos
Com o projeto em mente desde 2019, por conta da pandemia o hotel demorou um pouco para começar a funcionar, o que aconteceu somente em 2021. Na primeira etapa tinha apenas espaço coletivo com mais de 60 metros quadrados.
"As pessoas começaram a achar interessante, porque não se via hotel para gatos, muito menos onde eles podiam compartilhar o espaço. Nós espalhamos vários nichos pela sala e eles não brigam por território, porque sabem que não estão na casa deles. Depois de um tempo, eles vão se soltando e ficam muito bem juntos", conta Francisca.
Seguindo protocolos rígidos de saúde - todos os animais passam por uma triagem com a veterinária para que possam ficar hospedados - alguns gatos começaram a ser impedidos de ficarem no local por apresentarem alguma doença. Por isso, foram implantadas 11 salas individuais.
Gatinhos socializam durante a estadia
Arquivo pessoal/Francisca da Conceição do O Santos
"Hoje, aceitamos, no máximo, 28 gatinhos, porque são 11 nas salas privativas e 17 que ficam no espaço coletivo. O hotel fica quase o ano inteiro cheio, mas para o final do ano todas as vagas já estão ocupadas antes mesmo de dezembro", revela a proprietária.
Clientes fidelizados
Antes de definir como funcionaria o hotel, Francisca conta que visitou outros espaços e nada a agradava. Em alguns deles, os gatos ficavam em gaiolas ou até mesmo dividiam espaço com cães, mas ficavam presos e assustados.
"Vendo tudo isso, eu cheguei à conclusão de queria montar o meu exclusivo para gatos, para só ter cheiro de gato, coisas de gato e sem barulho de cachorro. Então, agora já estamos aí desde 2021 e as pessoas gostam, os clientes estão fidelizados e cada vez chegam mais gatos para se hospedar", ressalta Francisca.
Em família
E com o sucesso do espaço, os clientes chegam de diversas cidades. Para facilitar a viagem até o local, o marido de Francisca, Claudio Roberto, faz o serviço de motorista para os gatinhos. Alguns deles são de São Paulo e é Roberto quem busca eles em casa para ficarem no hotel.
Pedro Augusto também cuida dos gatinhos do hotel
Divulgação/Andressa Ramos
O negócio, inclusive, funciona em família. Francisca trabalhava como técnica de enfermagem quando tudo começou e contava com o filho, Pedro Augusto, para cuidar do espaço enquanto ela trabalhava. Com a alta na demanda, ela largou o antigo emprego e agora continua a trabalhar junto com o filho.
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