Instituto Weizmann Desafia Críticas e Avança em Pesquisas Globais

O Instituto Weizmann, renomada instituição israelense, tem se destacado globalmente em diversas áreas da ciência, mesmo em tempos de desafios. O presidente do instituto, Alon Chen, enfatizou a importância da pesquisa científica para as relações bilaterais, independentemente de tensões políticas.

Localizado em Israel, o instituto se mantém como líder mundial no investimento em pesquisa e desenvolvimento, dedicando cerca de 4,93% do PIB anual ao setor. Classificado entre as 10 instituições acadêmicas de pesquisa mais importantes pelo Ranking Leiden de 2024, o Weizmann continua a impulsionar descobertas científicas de alto nível.

O instituto, fundado em 1934, oferece programas de mestrado e doutorado em ciências naturais, incluindo matemática, física, química e biologia. Com um orçamento anual superior a US$ 700 milhões, o Weizmann opera como uma entidade acadêmica de especialização e pesquisas, colaborando tanto com startups quanto com grandes corporações internacionais.

Uma das pesquisas mais recentes do Weizmann foca na busca pela cura do câncer. A pesquisa da professora Yardena Samuels visa tornar as células cancerosas mais visíveis para o sistema imunológico, facilitando sua eliminação. Além disso, estudos dos pesquisadores Eldad Tzahor e Uri Alon revelaram diferentes tipos de formação de tecido cicatricial no coração, abrindo novas perspectivas para tratamentos cardíacos.

"O que o professor Yardena Samuels e seu time fizeram aqui, o que eles conseguiram fazer é desenvolver uma forma de tornar a célula cancerosa mais visível, mais 'transparente' para o sistema imune." ressaltou Chen.

Alon Chen mencionou que a inovação na agricultura é outra prioridade do instituto. Ele vê o Brasil, uma potência agrícola, como um parceiro importante nesse campo. Cientistas do Weizmann desenvolvem tecnologias para o cultivo vertical de vegetais, visando melhorar o uso do espaço e garantir a alimentação sustentável da crescente população global.

Apesar do distanciamento do governo Lula com o Estado de Israel, o presidente do instituto garantiu que as contribuições para as relações bilaterais se mantêm, independentemente de questões políticas. Afinal, o Instituto Weizmann se declara uma instituição apolítica, focada na ciência e na busca pelo conhecimento.

"Nós fazemos muitas contribuições para as relações bilaterais, independente dos problemas políticos ou das tensões entre os governos em um determinado momento" ressaltou o presidente do instituto.

O Weizmann também promove intercâmbio de estudantes através do programa internacional Dr. Bessie F. Lawrence International Summer Science Institute (ISSI). Em 2025, quatro estudantes brasileiros foram selecionados para participar do programa, demonstrando o compromisso do instituto com a educação e a inovação global.

"Não nos envolvemos diretamente com política governamental. O Weizmann é uma instituição apolítica por princípio. Nós não escolhemos lado em disputas políticas, nem esquerda, nem direita. Nossa 'política' é a ciência. Este é o nosso trabalho fundamental. Nós fazemos ciência de ponta." disse Alon Chen.

*Reportagem produzida com auxílio de IA