Munícipe afirma que já perdeu três cachorros que ficaram doentes por conta do carrapato. Capivaras incomodam a população na cidade de Guararema
A capivara é um animal considerado "fofinho" por muita gente. No entanto, uma moradora de Guararema está incomodada com o mamífero. Por isso, a Prefeitura contratou um estudo para quantificar e desenvolver um plano de manejo relacionado a esse mamífero.
Luciana Licinio Leme do Prado mora há quase 22 anos em uma casa com fundos para Rio Paraíba do Sul. Mas apreciar o rio tem fica cada vez mais distante na rotina dela. “A gente acabou deixando de fazer uso na beira do rio devido ao número que aumentou muito das capivaras. Então, a gente achou melhor fechar a beira do rio, já erá fechado alguns anos trás, mas a gente não tem mais acesso no portão nada para deixar restrito para animal silvestre que é o habitat dele natural. Mas é decorrente de muito carrapato. O carrapato fica na capivara e preferimos evitar alguns pontos da cidade.”
Segundo a moradora, as capivaras aparecem nos horários mais frios como de manhã bem cedo e no fim da tarde.
O medo de Luciana é que a capivara transmita alguma doença. O animal é hospedeiro de carrapatos. Luciana afirma que já perdeu três cachorros por conta disso. “Sim, por diversas vezes eu já liguei na fiscalização da Prefeitura de Guararema. Eles disseram que não tinham nenhum programa para diminuir o número de carrapatos nos ambientes. Mas que eles divulgavam para as pessoas tomarem cuidado. Apenas isso.”
Capivaras ficam no Rio Paraíba do Sul em Guararema
Reprodução/TV Diário
A veterinária Livia Dias observa que o carrapato pode transmitir para o ser humano a doença de laime e a febre maculosa. Já para o animal de estimação a mais comum é conhecida como anaplasma. “Ele vai apresentar uma apatia, perda de apetite, febre é um dos sintomas bem característicos, prostração. O animal passar a não ser mais aquele. Emagrecimento também.” Ela completa que a doença de lyme e a febre maculosa podem ser transmitidas pelo carrapato para o ser humano.
Para evitar este tipo de problema uma das alternativas é manter o local onde se vive sempre limpo. “Fazer vassoura de fogo, na casa, ao redor, nas paredes e usar produtos inseticidas mesmo dentro, como produto e limpeza. Diluir certinho. Para não ter efeito residual, intoxicar o ser humano e outros animais.”
As capivaras são mamíferos roedores dóceis. A grande presença dos bichos na cidade se deve ao rio. De acordo com especialista, elas precisam da água para se esconder de predadores e se reproduzir. “Eles são os maiores roedores que nós temos. E não temos aqui o maior predador que seriam as onças. Então, acabam procriando e vindo para a área urbana.”
A diretoria de Meio Ambiente da Prefeitura de Guararema informou que está ciente do caso e estuda estratégias para diminuir o fluxo de capivaras no município. A diretoria destacou que não é possível afirmar que há aumento da quantidade destes animais na cidade, já que esta espécie é de livre trânsito e migram de localidade para localidade, normalmente, em regiões à beira do rio. O setor explicou ainda que contratou um estudo de empresa especializada para quantificar e desenvolver um plano de manejo relacionado as capivaras na extensão do trecho do Rio Paraíba do Sul em Guararema. A partir da entrega desse material está sendo desenvolvido um plano de ação sobre o tema. Já com relação aos carrapatos, a equipe de Zoonoses esteve no local e passou orientações aos munícipes.
A Prefeitura de Guararema reforçou ainda que conta com diversas áreas de preservação permanente e recomenda a não ocupação destas áreas, por se tratar de área protegida por lei, além de ser um dos habitats naturais das capivaras. Caso a propriedade esteja inserida fora de áreas legalmente protegidas, recomenda-se o cercamento de modo a evitar a entrada dos animais e evitar o contato direto de pessoas e animais domésticos com as capivaras para minimizar a contaminação por carrapatos.
Assista a mais notícias