Moradores de Poá reclamam de obras inacabadas no município

Uma delas é o Centro Educacional Poaense. O contrato, assinado em 2019, tinha duração de dez meses e o valor da obra ficou em R$ 10 milhões. A segunda é a obra do Viaduto Tancredo Neves, que estava paralisada, mas foi retomada recentemente. Moradores de Poá reclamam de obras abandonadas na cidade

Os moradores do bairro Jardim América, em Poá, reclamam da paralisação de duas obras na cidade.

Uma delas é o Centro Educacional Poaense. O contrato, assinado em 2019, tinha duração de dez meses e o valor da obra ficou em R$ 10 milhões. Segundo o prazo, o serviço seria concluído em setembro de 2020. Entretanto, em abril de 2020 o trabalho foi suspenso por falta de dinheiro. A Prefeitura de Poá deu dois aditivos de verba e prazo para que a empresa concluísse o serviço, mas isso não aconteceu.

A administração municipal relata que, até o momento, já foram gastos mais de R$ 9 milhões e que não há previsão de entrega, já que a obra continua em processo de licitação.

"No bairro nós temos mulheres, crianças... Então passa em um lugar desse, com a obra inacabada, é muito perigoso. É uma estrutura que acabou com nosso sonho, de ver as crianças estudando em uma sala de aula que tem porte de escola, isso nos fazia pensar de que as crianças teriam uma estrutura educacional melhor", lamenta o aposentado Roberto Martinho Canaã.

Além da preocupação com a obra, o aposentado Cleber Alves Feitosa conta que área de mato - que fica perto da obra - também foi abandonada e, atualmente, são os moradores que cuidam da limpeza do local.

Poá também conta com outra obra que havia sido paralisada e foi retomada: Viaduto Tancredo Neves. De acordo com a Prefeitura, o trabalho está em fase de estruturação das lajes e, para isso, foi necessário firmar um convênio com o Governo Estadual de R$ 12 milhões para conclusão do projeto.

Em outubro de 202, o Tribunal de Contas de São Paulo fez uma vistoria no local com o objetivo de averiguar o andamento e as condições de conservação da obra. Após isso, o órgão determinou que a Prefeitura justificasse a situação para entender como foi gasto o dinheiro público.

"Tem que ver se vai ser viável para a cidade. Eu não acredito muito nisso não... Vai ser difícil do mesmo jeito chegar em determinadas vias, porque as ruas são todas estreitas", afirmou o vendedor Rafael Regiani.

A equipe da TV Diário entrou em contato com a Prefeitura de Poá para saber a previsão de entrega do viaduto, mas eles não deram uma data. Apenas disseram que a próxima etapa será a instalação das últimas doze vigas de concreto na área da linha férrea da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

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