Moradores do Alto Tietê buscam formas de aliviar o estresse da rotina

Alguns focam na prática de atividades físicas, outros nas brincadeiras com os animais de estimação e, inclusive, tem até quem aposta em aulas de "treinamento para o cérebro". Estresse atinge cerca de 70% da população ativa; entenda os sinais de alerta

As situações de estresse estão por todos os lugares. Segundo os moradores do Alto Tietê, a sobrecarga no trabalho, a correria da rotina e perturbação do sossego e até o trânsito na cidade são alguns dos motivos que causam o estresse.

A psicóloga Maria Helena Rizzi afirma que uma das formas para lidar com o estresse é fazer aquilo que acalma. "Para mim, no caso, é caminhada, yoga, pilates... Eu acho que um dos métodos também é apreciar os animais de estimação. Eu tenho muitos bichinhos, gato, cachorro, brincar com eles me ajuda a tirar o estresse".

Essa foi a medida escolhida por Haten Mohamed. O Chico, cachorro da raça Golden Retriever, foi adotado há três anos e é um dos principais motivos de felicidade para o comerciante e a esposa dele.

"Nós queríamos ter um cachorro, mas sempre adiávamos porque não tínhamos tempo para nada. Na pandemia, nós começamos a pensar em ter um cachorro. Depois que ele veio, nós nos pegamos pensando 'nós poderíamos ter feito isso antes'. Ele encheu a nossa vida com uma alegria que não tínhamos antes", conta.

A empresária Cristina El Hayek conta que viveu uma rotina um pouco estressante durante quatro anos, período que administrou uma empresa. Segundo a profissional, um método adotado por ela para diminuir o estresse foram os jogos de treinamento para o cérebro.

"É compromisso que precisa ter com fornecedor, precisa estar bem com a empresa, com o local de trabalho... Qualquer coisa que saia disso te causa estresse. Esses jogos de treinamento são um aprendizado. São coisas que você acha que não é capaz de fazer, para e pensa 'nossa, eu sou capaz sim'", diz.

A especialista em ginástica do cérebro Andrea Siqueira é a responsável por aplicar os jogos de treinamento. Segundo ela, o método consiste em trabalhar a atenção sustentada - que segue por um período maior de tempo. "O resultado desse exercício é na vida. Toda situação que você se deparar será analisada. Você irá fazer as coisas mais no presente, no agora, porque o nosso cérebro fica muito no futuro".

"Durante as aulas, os alunos tendem a entender melhor o funcionamento do cérebro. Em todas as atividades, eles [alunos] vão se atentando ao que está sendo trabalhado no cérebro e, quando saem, é óbvio que um cérebro treinado, que foi desafiado, vai lidar melhor com as situações de fora", explica.

A psicóloga Solange Regina de Morais relata que o estresse é uma reação fisiológica. "Ele quer dizer para a gente que algo está para acontecer ou que já aconteceu e que precisamos modificar. É uma máquina de transformação, de mudanças, para aquele comportamento que nós esperamos que seja assertivo".

"Quando você tem conhecimento sobre o estresse, você acaba adquirindo mais equilíbrio na vida e, acima de tudo, no seu corpo. Então, quando o coração dispara, quando dá aquela sudorese ou uma taquicardia, é o seu organismo te mostrando que está tentando se comunicar. Nessa hora é bom entender que você precisa respirar para oxigenar seu cérebro e ter um comportamento ou uma fala assertiva".

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