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Mogi das Cruzes

Moradores que vivem próximo a córrego sofrem com falta de infraestrutura no Marengo, em Itaquaquecetuba


Período de chuvas causa transtornos a quem vive próximo de córrego do bairro. O DAEE disse que ações realizadas acima da área mencionada minimizaram o impacto das chuvas e não têm relação com alagamentos. Moradores do bairro Marengo, em Itaquá, sofrem com falta de infraestrutura à beira de rio

Essa época do ano, de muitas chuvas, é complicada para várias cidades. Quem mora próximo a córregos e rios, sofre com vários problemas. Em Itaquaquecetuba, por exemplo, o bairro do Marengo é o mais atingido.

Depois da chuva, vem a limpeza. Há dois anos, o vendedor Sérgio Rodrigues tira a lama da frente da casa onde mora no bairro Marengo, em Itaquaquecetuba, toda vez que chove. Ele conta que até pede na prefeitura para que esse serviço seja feito, mas não tem retorno.

“Passa foto, passa vídeo pro cara lá, Secretaria de Obras: "olha, seu Eduardo, secretário de Obras. Você tem que dar mais atenção aqui pra nós". Porque eu tô fazendo aqui uma coisa que é serviço de vocês, certo? Isso já faz tempo, toda chuva que dá tem que estar fazendo isso. Tudo sujo ali, tudo sujo aqui, entendeu? Tem que estar saindo com carro, tem que estar saindo pra ir no supermercado, ir no médico. Daí pega no sapato, vai tudo pra dentro de casa”, disse o vendedor.

“Avenida Alto Maria. Ela fica toda alagada, vira um rio Amazonas, emenda o rio com a rua, certo? Então, é até um perigo. A questão é que lá na frente, lá na frente tem uma chácara. Essa chácara tem que ser desobstruída. O rio lá está pequeno”, completou Sérgio.

O córrego que Sérgio fala fica em uma área de mata. De acordo com Ivanice Agrício de Barros, líder comunitária, são pelo menos dois anos que o local não recebe uma limpeza. É tanto mato e lixo que nem a valeta dá para ver.

“Hoje o sofrimento das enchentes desse ponto ele está ocorrendo por falta de manutenção. Tem que fazer o paliativo, tem a máquina da prefeitura, tem que vir tirar toda essa terra que vem do Marengo Alto, da Viela da Alegria, que supercarrega esse trecho. E automaticamente é lógico que isso aqui tá virando um rio de lama. E a prefeitura não tem nem a capacidade, gente, de vir aqui com o caminhão pipa no dia seguinte tirar esse lamal que está aqui na rua. Você vê morador fazendo a manutenção porque não temos serviços urbanos. Então, é isso que a gente tá aqui pra pedir, para que seja limpo o córrego que vem, novamente, Viela da Alegria, que passa pela Cecília Meireles, José do Patrocínio e ao início do gabião aqui. Que seja aberto aqui sentido Badra. Aí sim a gente vai ter essa vazão dessa água”, contou a líder comunitária.

Após as chuvas, o vendedor Sérgio Rodrigues disse que limpa a rua em frente à sua casa para poder trafegar na via

TV Diário/Reprodução

Simone Pinheiro Ferreira é outra moradora prejudicada com o alagamento na rua. Além dos transtornos em dia de chuva, ainda tem as dificuldades depois que a água baixa.

“A pior fase mesmo é agora, de janeiro a fevereiro é sofrimento. Nós que precisamos trabalhar, levar filho na escola. Eu fiquei imaginando uma situação de doença, se eu tivesse que tirar alguém de dentro de casa, naquele momento, não teria como. Não teria como mesmo, ficou bem difícil”, disse a costureira.

Há 30 anos no bairro, a aposentada Thereza Angelina Furtado até comemorou o asfalto que foi colocado na rua onde mora, mas segundo ela não demorou muito pra tanta empolgação acabar.

"Fiquei muito feliz, porque a gente não tava andando no barro mais. Eu falei: "agora vai melhorar". Só que uma parte complicou, porque minha casa enche de água, eu fico perdendo as minhas coisas. E aí como é que a gente vai ficar numa situação dessa, né? O asfalto vai estragar mais. E eu como uma pessoa idosa não posso ficar no meio da água podre, né? Porque aqui quando vem a água ninguém aguenta. É um fedor que ninguém aguenta”, explicou a aposentada.

A Prefeitura falou que os trabalhos técnicos de infraestrutura já foram feitos com o objetivo de amenizar o impacto das fortes chuvas. Mesmo assim, uma equipe será direcionada ao local nesta semana para realizar a manutenção e limpeza necessária no trecho.

O Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado disse, em nota, que ações realizadas acima da área mencionada minimizaram o impacto das chuvas e não têm relação com alagamentos. Disse ainda que entre janeiro e abril do ano passado foram realizados serviços de limpeza e desobstrução em 1.300 metros do rio Jaguari, entre a foz junto ao rio Tietê e a Estrada do Preju, no limite de Suzano e Itaquaquecetuba.

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G1

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