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Escolas

Seguranças privados começam a atuar em 774 escolas de São Paulo

Os primeiros 774 seguranças privados que vão fazer a vigilância em escolas do estado de São Paulo começam a atuar esta semana.


Os primeiros 774 seguranças privados que vão fazer a vigilância em escolas do estado de São Paulo começam a atuar esta semana. A contratação de mil vigilantes foi anunciada pelo governador TarcĂ­sio de Freitas, em abril, como uma das medidas preventivas após o ataque ocorrido na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste, que deixou uma professora morta e quatro feridos. Esta semana, mais um ataque em uma escola do bairro Sapopemba, na zona leste da capital, resultou na morte de uma adolescente.

Dos contratados agora, que iniciam o trabalho até sexta-feira (27), 242 vão prestar serviço em escolas da capital e região metropolitana. São Paulo tem 5,3 mil escolas estaduais.

Os vigilantes estarão desarmados. "Para alocação dos vigilantes, as escolas foram selecionadas pelas 91 diretorias regionais de ensino com base em critérios como vulnerabilidade da comunidade e convivĂȘncia no ambiente escolar", destacou, em nota, o governo.

Foram investidos R$ 70 milhões no projeto, segundo dados do governo. Na região administrativa do ABC, esses profissionais começaram a trabalhar na segunda-feira (23). A licitação segue em andamento para a contratação dos outros 226 profissionais.

A Secretaria de Educação definiu como regra que as empresas vencedoras da licitação contratem seguranças homens e mulheres com formação profissionalizante na ĂĄrea e que sejam consultados os antecedentes criminais dos trabalhadores.

Atendimento

Ao longo deste ano, o governo paulista contratou 550 psicólogos para atuar nas escolas. O governador anunciou, esta semana, que deve ser feito um aditivo a esse contrato para aumentar o nĂșmero de profissionais disponĂ­veis.

Após o novo atentado, ele disse ainda que pretende rever as ações tomadas até o momento. "A gente não pode deixar que esse tipo de coisa aconteça, a escola tem que ser um local seguro, tem que ser um local de convivĂȘncia. A gente tem que ter a habilidade de desenvolver nos alunos capacidade para enfrentar situações do dia a dia. A gente tem que combater o bullying [intimidação sistemĂĄtica]. A gente tem que combater a homofobia", ressaltou.

ConvivĂȘncia

Especialistas ouvidos pela AgĂȘncia Brasil sugerem polĂ­ticas de convivĂȘncia nas escolas como parte das ações para uma cultura de paz. Cléo Garcia, pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), disse que não existem ações que possam resolver o problema no curto ou no médio prazo. Ela também defende que haja atenção aos discursos de ódio e ao bullying.

"Não adianta falarmos de bullying apenas uma vez ao ano. Isso precisa ser debatido, inserido no currĂ­culo escolar para que se possa conversar sobre a diversidade, sobre discursos de ódio e sobre racismo todos os dias. Que os alunos possam ser pessoas que tenham um olhar crĂ­tico para isso", enfatizou.

Daniel Cara, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), também aposta na gestão democrĂĄtica das escolas como uma ferramenta necessĂĄria para reduzir a violĂȘncia. "A capacidade de evitar conflitos na escola, como o conflito, é inerente à ação humana, a capacidade de conseguir resolver pacificamente conflitos, criar um bom clima escolar é fundamental", opinou.

Homenagens

A adolescente Giovanna Bezerra da Silva, morta durante o Ășltimo ataque, foi sepultada na tarde dessa terça-feira (24), em Santo André, na Grande São Paulo. Na porta da escola, foram feitas homenagens e as aulas ficaram suspensas por dez dias.

O jovem que cometeu o crime, também estudante da escola, foi apreendido. Segundo a Secretaria de Estado da Segurança PĂșblica de São Paulo, as investigações são conduzidas pelo 69Âș Distrito Policial da capital paulista. O revólver usado pelo rapaz estava regularmente registrado no nome do pai dele. A arma foi apreendida para ser periciada.

AgĂȘncia Brasil

São Paulo Escolas Segurança Crime Educação

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