ECONOMIA
Melhor mês do ano foi julho, quando as vendas foram elevadas ainda como reflexo do programa de incentivos fiscais, que reduziu preços de carros de até R$ 120 mil. REUTERS/StringerOutubro foi o segundo melhor mês em vendas de veículos este ano. Foram licenciados 217,8 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, o que representou um aumento de 20,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Grande parte das vendas, no entanto, foi para locadoras.A média diária de emplacamentos alcançou 10,4 mil veículos, o que, segundo cálculos da indústria, se aproxima das médias registradas antes da pandemia. O melhor mês do ano foi julho, quando as vendas foram elevadas ainda como reflexo do programa de incentivos fiscais, que reduziu preços de carros de até R$ 120 mil.Ao divulgar os dados de desempenho do setor na manhã desta quarta-feira (8), o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, destacou que o segmento de automóveis "foi impulsionado pela demanda das locadoras".Segundo o dirigente, a venda direta, que inclui locadoras, representou 51% dos emplacamentos no mês passado. Em 2014, destacou Leite ao exibir gráficos, a venda direta absorvia 29% das vendas de veículos leves no país.Segundo Leite, em volume, as vendas diretas têm se mantido estáveis na última década. "O que aconteceu é que o varejo perdeu força nesse período, em consequência, sobretudo dos juros mais elevados. "O mercado consumidor tem que ter acesso ao crédito", destaca. Segundo ele, 77% dos pedidos de crédito têm sido recusados pelos bancos.No acumulado do ano, foram vendidos 1,84 milhão de veículos. Isso representou um avanço de 9,7% na comparação com o resultado do período entre janeiro e outubro.