Moradores de César de Sousa, em Mogi das Cruzes, reclamam de falta de água

Em casas e condomínios de diversos bairros do distrito moradores relatam desabastecimento ou água com baixa pressão que impossibilita completar a caixa. Moradores do distrito de César de Sousa sofrem com falta de água

Os moradores do distrito de César de Sousa, em Mogi das Cruzes, estão sofrendo com a falta de água nesses dias de calor intenso. Outra queixa é que muitas pessoas dizem que não conseguem falar com o Serviço Municipal de Águas e Esgoto (Semae) por telefone ou pelos outros canais disponíveis.

A operadora de produção Stephane Borges mora em um prédio na Vila Suissa. Ela comprou galão de água mineral para beber e lavar a louça. "Só vem piorando porque a água que chega não tem pressão para subir na caixa. E como é prédio a gente precisa que ela esteja com pressão para conseguir bombear para a caixa d'água."

A professora Adriana Lourdes da Cunha também sofre a mesma coisa na casa dela. "É muito complicado você chegar em casa e isso há seis dias e não ter água. Não ter como tomar um banho decente. A máquina de lavar roupa está cheia de roupa, não ter água, ter que comprar galões de água. Fica muito difícil para a gente. Uma casa com quatro pessoas."

Os moradores de um condomínio no Botujuru também reclamam da falta de água. "Nós estamos com sério problema de abastecimento de água. Faz mais de uma semana praticamente que a água chega muito fraca ou falta de uma vez. Quando chega tão fraca não consegue subir para as caixas d'água. O Semae não responde nada que nos dê satisfação conclusiva. Entra em contato com Semae que diz que o problema está sendo verificado, mas isso está acontecendo há praticamente uma semana", conta Carlos Henrique Amaral Perli.

No mesmo condomínio, a moradora Telma Flauzine recorreu a um caminhão pipa para abastecer a caixa d'água. Ela pagou R$ 450, por 1 metro cúbico de água. Na casa dela são quatro adultos. Ela disse que se economizar bastante essa água deve ser o suficiente para dois dias. Telma completa que eles estão sem lavar roupa e comprando comida fora.

Na sessão de terça-feira, a Câmara de Mogi das Cruzes aprovou uma indicação para a Prefeitura, para em regime de urgência, na falta de água a mais de 24 horas nos bairros, o abastecimento seja feito através de caminhão pipa com água potável, para abastecer caixa d'água dos moradores, escolas.

O Diário TV questionou a Prefeitura se recebeu o documento. Por nota, a prefeitura disse apenas que estuda a melhor maneira de atender os bairros afetados pela baixa estiagem de água. E completou que como aos finais de semana e feriados não existe expediente administrativo nos prédios públicos, os dados solicitados serão encaminhados assim que o expediente estiver completo.

A Prefeitura recomendou que a economia de água é válida para a toda a população neste momento de tensão. Mas não disse se enviou caminhões pipas para algum bairro da cidade.

Já sobre o atendimento no 115, o Semae relembrou que segunda-feira (13), teve um problema na operação, mas que o serviço foi restabelecido no mesmo dia. E que além dessa instabilidade, com o crescimento da demanda devido à falta d'água dos últimos dias, o tempo de espera para atendimento também aumentou e que de sábado passado até sexta-feira (17), recebeu quase 6 mil chamadas.

A nota diz que na sexta-feira o tempo médio de espera para falar com o Semae pelo 115 era de 3 minutos. O Semae também afirmou que o 115 conta com call back - que é um sistema que liga de volta após exceder o tempo ou transbordo da fila. E que além do telefone, há a alternativa do whatsapp, no número (11) 95807-3381. Mas no caso do whatsapp, o atendimento é de segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 8h às 18h. O Semae enfatizou que o atendimento pelo 115 está funcionando normalmente hoje.

Já sobre os problemas com falta de água, o Semae disse que uma equipe será encaminhada aos locais indicados para avaliações técnicas. Já no condomínio Mosaico Essence a distribuição de água já foi restabelecida na manhã deste sábado. O Semae recomenda utilizar com economia, já que os reservatórios da cidade ainda estão com um nível de água abaixo da média.

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