No dia anterior, de recorde, o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira chegou aos 130.842 pontos, uma alta de 1,06%. Já a moeda norte-americana recuou 0,07%, cotada a R$ 4,9144. Dólar abre com volatilidade
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O dólar opera em alta nesta sexta-feira (15), recuperando parte das baixas dos últimos dias, mas ainda com os efeitos das últimas decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos no radar dos investidores.
Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a Selic, taxa básica de juros, em 0,5 ponto percentual, para 11,75% ao ano, e sinalizou outros cortes.
Lá fora, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manteve suas taxas inalteradas entre 5,25% e 5,50% ao ano, mas disse que o ciclo de altas já pode ter chegado ao fim
Veja abaixo o dia nos mercados.
Entenda o que faz o dólar subir ou descer
Dólar
Às 10h, o dólar subia 0,47%, cotado a R$ 4,9973. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em baixa de 0,07%, vendida a R$ 4,9144. Com o resultado, passou a acumular:
queda de 0,31% na semana;
perda de 0,02% no mês;
recuo de 6,89% no ano.
Ibovespa
O Ibovespa só começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice fechou com alta de 1,06%, aos 130.842 pontos, no maior patamar histórico, influenciado por ações de empresas de consumo doméstico e Petrobras. Com o resultado, passou a acumular:
alta de 2,95% na semana;
avanço de 2,76% no mês;
ganhos de 19,24% no ano.
Ibovespa fecha no maior patamar da história
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O que está mexendo com os mercados?
No último dia da semana, investidores em nível global continuam repercutindo a decisão do Fed de manter seus juros inalterados na última quarta-feira.
A medida já era amplamente esperada pelo mercado. Porém, foi o que o presidente da instituição, Jerome Powell, falou depois de anunciada a decisão que trouxe o tom mais positivos que domina os negócios nos últimos pregões.
Segundo Powell, o ciclo de alta nos juros americanos pode ter chegado ao fim, com sinais de uma inflação mais controlada na maior economia do mundo. Ele ressaltou que, se necessário, o Fed pode subir as taxas novamente, mas não é isso que o mercado projeta.
Agora, as expectativas de especialistas e investidores são de que os juros nos Estados Unidos comecem a cair já no primeiro semestre de 2024, o que é benéfico para a economia e para os ativos de risco, como os mercados de ações e moedas de países emergentes.
"Todos os indicadores, nas esferas quantitativa e qualitativa, apontam tempestivamente para o início antecipado da campanha de redução da taxa dos Fed Funds. Por conseguinte, revisamos a nossa projeção com o intuito de incorporar as boas-novas e, assim, estimamos a estreia em maio, ante junho anteriormente", comenta Antonio van Moorsel, estrategista-chefe da Acqua Vero Investimentos.
Ainda no exterior, alguns dados econômicos da China divulgados hoje decepcionaram os investidores. As vendas no varejo subiram 10,1% em novembro, na comparação anual, enquanto as expectativas eram de alta de 12,9%. Já os preços de casas novas recuaram 0,37% no mesmo mês.
Em contrapartida, a produção industrial cresceu 5,9% na base anual, acima do esperado, uma alta de 5,9%.
No Brasil, investidores também continuam repercutindo a redução da taxa Selic e a sinalização de que novos cortes virão pela frente. Com essa perspectiva, na véspera, a bolsa brasileira subiu e registrou seu maior fechamento histórico, bastante impulsionada pelas empresas de consumo doméstico, como construtoras e varejistas.
Hoje, algumas pautas políticas estão no radar, com destaque para a expectativa de andamento da reforma tributária e de medida provisória que eleva a arrecadação do governo no Congresso Nacional.