Presidente Lula comanda última reunião ministerial do ano de 2023
TV Globo/Reprodução
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) bateu o martelo com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em um jantar da noite desta terça-feira (19), sobre a realização de um ato em memória dos atos golpistas de 8 de janeiro, data em que as sedes dos Três Poderes foram destruídas em um ataque à democracia.
O presidente confirmou o evento durante fala de abertura da reunião ministerial nesta quarta (20). Segundo Lula, além dele e do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, outros ministros da corte e autoridades estarão presentes.
Há expectativa que os presidentes de Câmara e Senado também participem. Lula afirmou que seus ministros não são obrigados a ir, mas deixou bem claro que quer a presença deles – muitos estarão em período oficial de férias.
O blog apurou que a ideia de um ato nesta data já vinha sendo tema de conversas com integrantes do STF. Um dos principais apoiadores da ideia foi o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, que foi alvo direto dos vândalos que invadiram os prédios do Planalto, Congresso e STF.
O armário de Moraes e até sua cadeira no plenário foram arrancados e alvo de vídeos dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que destruíram o plenário do STF.
Jantar com ministros
O jantar na noite de terça-feira contou com oito dos 10 ministros do STF. Aprovado como 11º ministro e com posse marcada para 22 de fevereiro, o ministro da Justiça Flavio Dino também participou do jantar.
Não participaram, por motivo de viagem, Carmen Lúcia e André Mendonça. Dentro da corte, o blog ouviu que os dois ainda mantém maior distância do governo.
Após o jantar, ministros relataram ao blog que a relação institucional entre Executivo e Judiciário "mudou da água para o vinho".
Lula tem feito um esforço para melhorar a relação com o STF, inclusive ao ouvir a sugestão de ministros sobre indicados para cadeiras da Corte e também para a Procuradoria Geral da República (PGR).
Paulo Gonet, que tomou posse na PGR na segunda-feira, tinha apoio direto de Moraes e do decano da corte, Gilmar Mendes. Para além da aproximação de Lula, a melhora na relação também foi um desdobramento da reação das instituições em defesa da democracia após os ataques de 8/1.