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Mogi das Cruzes

Sobrecarga no sistema de esgoto pode provocar alagamentos em Mogi, alerta Semae; veja quais cuidados tomar


Segundo a autarquia, nos últimos dias a sobrecarga das redes contribuiu para os etravamentos registrados na região de Jundiapeba, em Mogi das Cruzes. Período de chuvas sobrecarrega sistema de esgoto e reforça necessidade de separação das redes

Julio Nogueira/Semae

Em meio às chuvas intensas registradas nesta época do ano, o Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) está reforçando as orientações aos moradores para a correta separação dos sistemas de drenagem e de esgoto. De acordo com a autarquia, nesta semana houve sobrecarga na rede de esgotamento de Jundiapeba, o que causa transtornos como o extravasamento na rua.

Nenhuma rede de esgoto está projetada para receber água pluvial. As tubulações, portanto, não podem “se misturar”. O normal é que as calhas e os ralos do quintal conduzam a água da chuva para as guias nas ruas, de onde segue para as bocas de lobo e galerias e, na sequência, até os córregos e rios da cidade.

“As tubulações das casas que partem das calhas e dos ralos do quintal não podem ser ligadas no esgoto. Se isso acontecer, fatalmente vai provocar problema na rede de esgotamento, principalmente em dias de chuva intensa, e consequentemente transtornos ao Semae e aos próprios moradores”, explica Anderson Amorim, diretor do Departamento de Esgoto do Semae.

“Com as chuvas fortes os últimos dias, tivemos muitos casos de rede cheia e extravasamento em Jundiapeba. O interceptor da Sabesp também ficou cheio e com pouca vazão. Entramos em contato com a empresa, que informou que as estações elevatórias estavam em pleno funcionamento”.

“Se o bombeamento estava funcionando e a tubulação ficou cheia, é um sinal de água de chuva na rede de esgoto, o que ultrapassa a capacidade do sistema”, completa o diretor.

Manutenção do esgoto

Ainda de acordo com o Semae, o aumento das chuvas no início do ano também eleva a necessidade de manutenção no sistema de esgoto, devido ao acúmulo de terra que é levada pelas águas pluviais para dentro das tubulações. Misturar as redes pode provocar vazamentos em tampões – visíveis nas ruas e avenidas após dias chuvosos – e entupimentos de tubulação.

Outro tipo de ocorrência comum é o retorno de esgoto para dentro das casas: isso acontece porque o volume de chuva que chega às tubulações de esgotamento é muito grande, superando a capacidade de vazão do sistema de esgoto e voltando para dentro das residências, causando transtornos aos moradores.

“Nesta época do ano, aumenta muito a demanda de manutenção por conta da água de chuva que enche a rede de terra, com a necessidade de hidrojateamento (limpeza com uso de jatos d"água)”, destaca Amorim.

Nas ações de reparo, são utilizados os caminhões combinados da autarquia, que fazem a sucção dos detritos acumulados na rede e o jateamento com água sob pressão, no interior dos canos. O órgão esclarece, porém, que esta solução é apenas emergencial. O ideal é que cada morador faça uma verificação do sistema de escoamento de água de sua residência.

Uso da rede

O lançamento de materiais sólidos no sistema de esgoto é outra situação problemática. O Same afirma que é comum que as equipes responsáveis pela manutenção retirem das tubulações vários detritos como gordura solidificada, preservativos, fraldas, lenços umedecidos, pedaços de pano e excesso de papel higiênico, por exemplo.

São materiais que jamais poderiam estar na tubulação de esgoto. O resultado também são entupimentos e vazamentos que geram transtornos para a população, como retorno de esgoto para dentro dos imóveis, mau cheiro nas ruas e bloqueios no trânsito para os serviços de reparo, além de despesas para a autarquia devido ao deslocamento de funcionários e equipamentos.

“O mau uso da rede eleva muito o nosso custo operacional, pois aumenta a necessidade de limpeza das redes, das estações elevatórias e dos cestos de gradeamento (estruturas que bloqueiam a passagem do material sólido nas estações elevatórias e de tratamento)”, conclui o diretor.

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