Morango foi o "grande vilão" do último ano. Isso porque a fruta teve uma alta de 75,56% no preço. Na contramão, o item que mais caiu foi o óleo de soja, que recuou 28% no período de 12 meses. Em doze meses, o preço da fruta subiu em média 75,56%
Acervo - MKT Frutos de Goiás
O morango protagonizou teve maior alta nos preços entre os itens compilados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último ano. Em doze meses, o valor da fruta subiu em média 75,56%. Ou seja, o que custava R$ 10 no começo de 2023, fechou dezembro a R$ 17,55.
Os dados fazem parte do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — considerado a inflação oficial do país — publicado nesta quinta-feira (11).
A gasolina, por sua vez, foi o produto que mais influenciou o índice no período. O combustível subiu 12,09% em doze meses. E diversos fatores ajudam a explicar a variação nas bombas. Entre eles, a reoneração dos combustíveis, a cotação internacional do petróleo, o câmbio e os reajustes de preços pela Petrobras às refinarias.
Veja mais detalhes do porquê a gasolina subiu de preço no último ano
Por sua vez, o item que mais caiu no IPCA em 12 meses foi óleo de soja, que recuou 28% no período. Em janeiro de 2023, o produto que custava R$ 10 e terminou o ano a R$ 7,20.
Veja abaixo os 50 itens que mais subiram e recuaram em 2023. Vale destacar que não necessariamente os itens que tiveram maior variação no preço ocasionaram um maior impacto no IPCA.
Veja o resultado dos grupos que contemplam o índice em 12 meses:
Alimentação e bebidas: 1,03%;
Habitação: 5,06%;
Artigos de residência: 0,27%;
Vestuário: 2,92%;
Transportes: 7,14%;
Saúde e cuidados pessoais: 6,58%;
Despesas pessoais: 5,42%;
Educação: 8,24%;
Comunicação: 2,89%.
No acumulado de 2023, os preços subiram em média 4,62%.
Inflação em dezembro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo subiu 0,56% em dezembro (veja mês a mês logo abaixo). Todos os grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta no mês.
O grupo Alimentação e bebidas registrou a maior alta, de 1,11% no período, após subir 0,63% em novembro. A categoria — principal responsável pela desinflação de 2023 — foi influenciada, por exemplo, pelas altas da batata-inglesa (19,09%), feijão-carioca (13,79%), arroz (5,81%) e frutas (3,37%).
"O aumento da temperatura e o maior volume de chuvas em diversas regiões do país influenciaram a produção dos alimentos, principalmente dos in natura, como os tubérculos, hortaliças e frutas, que são mais sensíveis a essas variações climáticas", explica o gerente do IPCA, André Almeida.
Em segundo lugar ficaram os Artigos de residência, que subiram 0,76%, após recuar 0,42% em novembro. Por sua vez, a menor alta de dezembro foi a categoria Comunicação, que subiu 0,04% e educação, que aumentou 0,24% (veja abaixo o resultado mensal dos grupos do IPCA).
Alimentação e bebidas: 1,11%;
Habitação: 0,34%;
Artigos de residência: 0,76%;
Vestuário: 0,70%;
Transportes: 0,48%;
Saúde e cuidados pessoais: 0,35%;
Despesas pessoais: 0,48%;
Educação: 0,24%;
Comunicação: 0,04%.
Com isso, o país teve uma inflação acumulada de 4,62% em 2023. O resultado, portanto, vem dentro do intervalo da meta de inflação para o ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). É a primeira vez que a meta foi cumprida desde 2020.