Valor é mais baixo que o registrado em 2022, que fechou com uma dívida de R$ 12.036.674,40. Ainda assim, Associação Comercial da cidade considera que o valor é representativo. Em dezembro, a cidade tinha 10.189 inadimplentes, que juntos somavam 12.007 débitos
Associação Comercial/Divulgação
O mogianos terminaram 2023 com uma dívida de R$ 10.740.700,51 inscrita no Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), que é mantido pela Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) em parceria com a Boa Vista.
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Segundo os dados divulgados nesta quinta-feira (11), o valor é 10% menor que o registrado ao longo de 2022, quando os débitos eram de R$ 12.036.674,40. Apesar da redução, a Associação Comercial considera que o volume da dívida ainda é representativo.
Mogianos fecham 2023 com uma dívida de mais de R$ 10 milhões
Em dezembro, o SCPC contava com 10.189 inadimplentes no município, que juntos somavam 12.007 débitos, já que uma pessoa pode ter mais de uma dívida inscrita no serviço. Por outro lado, em 2022, o volume de devedores era de 12.383 e o número de pendências chegava a 14.869 registros, o que representa uma diminuição de 17% e 19%, respectivamente, este ano.
Alguns fatores podem ter influenciado na redução das dívidas no comércio mogiano, incluindo uma inflação mais controlada, a taxa de juros em queda e o aumento do índice de empregos. O diretor do SCPC, Carlos Lapique, destacou que, segundo as previsões do mercado, a economia deve ter um desempenho importante neste ano.
"A expectativa é que a inflação de 2024 fique abaixo dos 4%, enquanto a SELIC - taxa básica de juros da economia - deve permanecer em um patamar inferior a 10% ao ano. Em 2024, teremos, ainda, a nova fase do Open Finance, sistema do Banco Central que possibilita a troca de informações entre as instituições financeiras e abre espaço para encontrar produtos e serviços mais vantajosos, incluindo a chance de renegociar os saldos devedores", esclareceu.
Lapique ressalta ainda que é importante que os consumidores fiquem atentos às oportunidades de quitar as dívidas. "A renegociação dos débitos sempre deve ser buscada. Além de ser uma saída para os clientes que ficam com o nome limpo e conseguem reduzir os custos dos juros, é importante para os empresários, que recuperam os valores e conseguem mais recursos para investirem em seus negócios, fazendo a roda da economia girar", destacou.
De acordo com o balanço do serviço de proteção ao crédito, em dezembro, 316 nomes foram incluídos no cadastro de inadimplência, uma alta de 8% se comparado com o mesmo intervalo de 2022, quando 290 ficaram com o nome sujo.
Já a estatística de exclusão do SCPC aponta a saída de 220 pessoas, volume 8% menor que o registrado na comparação interanual quando 240 deixaram o rol de devedores. A exclusão da lista do serviço ocorre em duas situações: quando o pagamento do débito é efetuado ou após cinco anos da inclusão da dívida.
Para o diretor, a busca pela Educação Financeira é a chave para reduzir a inadimplência. "Fazer um planejamento e colocar metas para seguir ao longo dos meses, analisar quais são os gastos e o que é supérfluo, é uma maneira de ter um controle financeiro mais efetivo e sustentável. Para ajudar tantos os clientes quantos os empresários, a ACMC planeja implementar um curso de Educação Financeira com orientações para evitar o endividamento", disse.
Os telefones do SCPC para informações e esclarecimentos aos consumidores são o 4728-4329 e o 4728-4309.
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