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Juro bancário tem pequena queda em 2023, crédito desacelera e inadimplência sobe, revela Banco Central

A taxa média de juros cobrada pelos bancos em suas operações com pessoas físicas e com empresas registrou queda de 1 ponto percentual no ano de 2023 e chegou a 40,8 ao ano em dezembro.


Foto: Reprodução internet
A taxa média de juros cobrada pelos bancos em suas operações com pessoas físicas e com empresas registrou queda de 1 ponto percentual no ano de 2023 e chegou a 40,8 ao ano em dezembro. A informação foi divulgada nesta terça-feira (6) pelo Banco Central.

Com isso, os bancos não repassaram integralmente o corte de juros básicos implementado pelo Banco Central non último ano - quando a taxa Selic recuou de 13,75% para 11,75% ao ano. Uma redução de dois pontos percentuais.

O juro foi calculado com base em recursos livres – ou seja, não inclui os setores habitacional, rural e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

De acordo com o BC, a taxa média de juros cobrada nas operações com empresas recuou de 23% ao ano, em dezembro de 2022, para 21,1% ao ano no fim do ano passado. A queda foi de 1,9 pontos percentuais.

Já nas operações com pessoas físicas, os juros caíram de 55,7% ao ano, em dezembro de 2022, para 54,2% ao ano no fechamento do último ano. O recuo foi de 1,5 ponto percentual.

Cheque especial e cartão de crédito

No cheque especial das pessoas físicas, a taxa recuou de 132,1% ao ano, em dezembro de 2022, para 128,3% ao ano no fechamento do ano passado. A queda foi de 3,8 pontos percentuais em 2023.

Já a taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo, por sua vez, avançou de 411,9% ao ano, no fim de 2022, para 440,8% ao ano em dezembro do ano passado.

O crescimento do juro do cartão de crédito rotativo foi de 28,9 pontos percentuais em 2023 e a taxa terminou o ano no maior patamar desde outubro de 2023 (444,9% ao ano). A série histórica do BC começa em março de 2011.

O crédito rotativo do cartão de crédito pode ser acionado por quem não pode pagar o valor total da fatura na data do vencimento, mas não quer ficar inadimplente.

Essa é a linha de crédito mais cara do mercado e, segundo analistas, deve ser evitada. A recomendação é que os clientes bancários paguem todo o valor da fatura mensalmente.

No começo deste ano, começou a valer uma mudança nas regras do cartão de crédito rotativo, após uma decisão do Congresso Nacional tomada em outubro de 2023 - e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com a mudança, o valor total cobrado pelos bancos em juros no cartão de crédito rotativo não poderá exceder o valor original da dívida.

Crédito bancário

O volume total do crédito bancário em mercado, segundo o Banco Central, avançou 7,9% em 2023, para R$ 5,78 trilhões.

Apesar do aumento, houve desaceleração na comparação com o ano de 2021, quando foi registrada uma expansão de 16,4% (valor ajustado) e também de 2022 - quando avançou 14,5%.

"A desaceleração também foi observada no crédito às empresas (4,5% ante 10,1% em 2022) e às famílias (10,1% ante 17,7% em 2022). Em dezembro, o crédito total variou 1,4%, refletindo aumentos de 2,6% no segmento de pessoas jurídicas e 0,7% no segmento de pessoas físicas", informou o BC.

Ainda segundo o BC:

O crédito livre às famílias atingiu R$ 1,9 trilhão, refletindo crescimento de 7,9% no ano, após variação de 17,5% em 2022. "Destaca-se a expansão das modalidades crédito pessoal não consignado, crédito consignado de servidores públicos e de beneficiários do INSS, aquisição de veículos, cartão parcelado e cartão à vista, bem como a redução no cartão rotativo".

O crédito direcionado às pessoas jurídicas atingiu R$ 809,5 bilhões, elevação de 9,6% no ano, acelerando ante variação de 6,9% em 2022. O crédito direcionado às famílias atingiu R$1,6 trilhão, expansão de 13,0%, desacelerando após crescimento de 18,0% no ano anterior. No mês, o crédito direcionado para empresas variou 0,5% e para famílias 1,1%.

As concessões de crédito acumuladas no ano cresceram 4,7% em 2023, ante 20,7% no ano anterior. As concessões a empresas apresentaram estabilidade (21,8% em 2022), enquanto aquelas com pessoas físicas cresceram 8,7% em 2023 (19,7% em 2022).

Inadimplência em alta

De acordo com dados do Banco Central, a taxa de inadimplência média registrada pelos bancos nas operações de crédito avançou em 2023, fechando o ano passado em 3,3% - contra 3% no final de 2022.

Nas operações com pessoas físicas, a inadimplência caiu de 3,9% em dezembro de 2022 para 3,7% no final do ano passado.

Já a inadimplência das empresas, porém, subiu de 1,7% no fechamento de 2022 para 2,7% em dezembro de 2023.

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