O ministro da Fazenda afirmou também que busca atingir a meta para evitar um bloqueio de recursos neste ano, que pode acontecer a partir de março. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (6) que a equipe econômica trabalha em novas medidas para atingir o déficit fiscal zero em 2024, que consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), mas acrescentou que a "política precisa ajudar".
"O resultado primário [das contas públicas] depende do Congresso Nacional. Nosso papel é ir apresentando ao Congresso, com certa gradualidade [medidas]", disse o ministro, em conferência do BTG Pactual.
Em 2023, as contas do governo apresentaram um déficit de R$ 230,5 bilhões, o segundo pior da série histórica do Tesouro Nacional, que tem início em 1997. Para reverter esse rombo, o governo aprovou, no último ano, uma série de medidas para aumentar a arrecadação.
Nesta terça, Haddad afirmou que a área econômica está trabalhando em novas medidas para equilibrar as contas públicas. "Estamos trabalhando em novas medidas, em novas propostas. Mas o Congresso dá a palavra final", acrescentou.
"Mas a política precisa ajudar, precisa continuar aberta a se debruçar sobre os dados, pedir ajuda externa quando for o caso. Pedir ajuda do TCU, por exemplo, e encontrar o caminho. Meu otimismo com o Brasil depende do nosso otimismo com relação à política", declarou o ministro da Fazenda.
Ele afirmou, ainda, que o governo federal está trabalhando 24 horas por dia em medidas para ir sanando os problemas, para "arrumar a casa" e "ir fechando o ralo".
"Temos um marco fiscal que pode haver um contingenciamento, margem de 0,5% do PIB, mas não queremos nem usar nada disso. Queremos ir atras do resultado necessário para cumprir a meta, sem contingenciar [bloquear gastos dos ministério no orçamento]. Mas essas medidas precisam receber apoio do Congresso e da sociedade", afirmou o ministro da Fazenda.