O incidente com a bandeira do Corinthians descartada num lixão e encontrada ocasionalmente, suscitou amplo sentimento de revolta no clube e entre os torcedores.
Os símbolos são elementos fundamentais que alimentam a história e conquistam novos aficionados, não entender esse contexto, demonstra o total despreparo daqueles que deveriam preservar e valorizar a imagem do clube.
Não é possível ficar impassível a esta vergonha e naturalmente, surge o questionamento: com tamanha INcompetência para uma atividade simples de guardar e preservar a bandeira, como deixar a gestão da nossa paixão num mundo com variáveis cada vez mais complexas?
Alguns atribuem a ação aos torcedores rivais que intencionalmente querem comprometer a imagem do clube, atirando o clube no lixo. Mas, no Corinthians não poderíamos ter pessoas decidindo, sem que demostrem afetividade ao clube.
A gestão de um clube como o Corinthians não é simples e demanda a união de aspectos racionais (lógicos, cartesianos) com aspectos emocionais (afetividade, paixão) essa é a diferença. Não basta ser um executivo, deve ser um executivo competente e torcedor. Não basta ser um torcedor, tem que ser um torcedor executivo e competente. Muitas decisões vão envolver aspectos que precisarão ser ponderados pelos dois aspectos, e o equilíbrio fará a diferença.
Quem joga uma bandeira do Corinthians no lixo, comete um sacrilégio com o clube e desconhece a história, cujo legado relembra a origem humilde do time, formado por operários, que se reuniram a luz de um lampião e costuravam os próprios uniformes; desconhecem o sacrifício dos torcedores em comprar o ingresso e chegar no estádio; desconhecem como é difícil soltar o grito mais alto, quando a fome aperta o estomago.
A maior riqueza do Corinthians é a sua torcida, a qual não mede esforços para acompanhar o time e a Diretora deve retribuir e todas as decisões devem buscar a sua satisfação. Jogar o símbolo da torcida no lixo, significa diminuir o seu papel e importância, equivale a dizer que o clube vive sem a torcida, ou que ela pode ser descartada.
Por fim, não resta a mínima dúvida que entre jogar a torcida e a atual diretoria no lixo. Esta última deve ser descartada e, graças à Democracia e respeito aos estatutos, os sócios terão a oportunidade de retirá-la no final do ano, ficando a dúvida em relação a capacidade de reciclá-la.
Fonte: redação: Nova TV Alto Tietê