Segundo Condemat+, Sistema de Monitoramento de Alertas por Satélites (SMAS) do Governo de SP deve ajudar no combate de ocupações irregulares e desastres naturais. Chuva provocou deslizamento de terra em Ferraz de Vasconcelos
Reprodução/ TV Diário
As dez cidades do Alto Tietê que integram o Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat+) terão acesso ao Sistema de Monitoramento de Alertas por Satélites (SMAS) do Instituto Geográfico e Cartográfico (IGC) de São Paulo. A ferramenta possibilita que os municípios acompanhem áreas de risco, possíveis ocupações e construções irregulares, assim como alterações em regiões de mata. Segundo o Condemat+, a previsão é de que o sistema comece a operar ainda no primeiro semestre deste ano.
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A apresentação do sistema que será utilizado no Alto Tietê ocorreu durante reunião do Condemat+ no último dia 1º.
O SMAS fornece alertas mensais que são feitos a partir da detecção por imagens diárias de mais de 180 satélites, além de mosaicos trimestrais, que apontam para as mudanças identificadas no período. A plataforma identifica quatro tipos de cenários em áreas urbanas e rurais: edificações novas ou suprimidas; supressão de vegetação – desmatamento ou corte raso; abertura de vias; e movimentação de terra, solo exposto – limpeza de terreno.
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"Um dos desafios da gestão pública é entender a região e ter uma fotografia atualizada das diversas cidades. Essa ferramenta vai trazer não só o acesso à informação quase simultânea do município, que é um organismo vivo, mas também poderá ajudar na atuação do dia a dia. Ela será fundamental para trabalhar com planejamento, sustentabilidade e tendo o olhar de toda uma gama de serviço de geoprocessamento por trás que embasará cada vez mais a atuação das cidades", disse Claudio Rodrigues, coordenador adjunto da Câmara Técnica de Desenvolvimento Urbano do consórcio e secretário de Urbanismo de Mogi das Cruzes.
O objetivo do SMAS é fornecer subsídios às cidades para que as equipes de diferentes órgãos, seja de fiscalização, habitação ou da Defesa Civil, atuem de maneira mais efetiva e possam prevenir desastres. O coordenador da Câmara Técnica de Gestão Ambiental do Condemat+, Daniel Lima, secretário adjunto de Meio Ambiente e Proteção Animal de Mogi das Cruzes, ressaltou que o SMAS apoiará a preservação ambiental. "A gente trabalha de forma uníssona para que possamos preservar e desenvolver de forma organizada. Os técnicos vão usar essa ferramenta de forma assertiva", apontou.
Segundo o Condemat+, os servidores das cidades consorciadas passarão por treinamento no fim do mês para conhecer as funcionalidades e as aplicações do sistema. Nesse primeiro momento, a cada mês as administrações municipais receberão um compilado com os alertas gerados com a localização, tipo de cenário, período em que ocorreu entre outros dados. Para os próximos meses a previsão é que as informações sejam inseridas na plataforma de Infraestrutura de Dados Espaciais para o Estado de São Paulo (IDE-SP).
O assessor especial de planejamento da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH) do Estado, Eduardo Trani, reforçou que a parceria entre o governo estadual e os municípios é fundamental para aperfeiçoar o sistema.
"Elegemos o Alto Tietê para iniciar a apresentação de um trabalho pioneiro do Governo do Estado, que é a disponibilização de imagens de satélite sobre alertas de uso do solo. É um trabalho fantástico que vai permitir em parceria com os municípios que a gente atinja objetivos comuns, que é termos uma região cada vez mais saudável e forte", disse Trani.
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