ECONOMIA
Nesta semana, governo decidiu adotar medidas para preservar a geração de energia por hidrelétricas, diante da baixa vazão de água em pleno período chuvoso. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou nesta sexta-feira (8) que os reservatórios das usinas hidrelétricas devem encerrar o mês de março com patamares acima de 60%. O nível é considerado bom pelo ONS. Mas o órgão se preocupa com o atual volume de chuvas que, por não estar sendo o ideal, levou o ONS a tomar medidas para economizar a água dos reservatórios.O período considerado chuvoso ainda vai durar cerca de um mês. Até lá, se não chover o necessário, as hidrelétricas podem ter dificuldade no período seco. De acordo com o ONS, este período chuvoso tem sido insatisfatório nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Em fevereiro, os reservatórios estavam com níveis 12,4% menores que no mesmo período de 2023. Veja a projeção para os reservatórios de cada região até o fim de março:Norte: 96%Nordeste: 71,7% Sudeste/Centro-Oeste: 65,8%Sul: 64,3Segundo o ONS, os níveis atuais dos reservatórios são "resultado da boa gestão dos recursos hídricos que vem sendo executada" pelo operador. Com menos chuvas e recorde de consumo, governo toma medidas para conta de luz não subirChuvasA vazão de água segue em níveis inferiores à média histórica para o período chuvoso. De acordo com o ONS, só o Sul tem perspectiva de entrada elevada de água nos reservatórios nas próximas semanas, de 115%. A vazão de água é um indicador importante para o sistema elétrico porque está relacionada à capacidade de geração de energia dessas usinas. As hidrelétricas respondem por cerca de 47% da capacidade nacional de geração de energia. MedidasNesta semana, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu adotar medida para preservar a geração de energia por hidrelétricas. O CMSE autorizou a redução da saída de água nas usinas hidrelétricas de Jupiá e Porto Primavera, no Rio Paraná, entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. O grupo de monitoramento também autorizou a retenção de água nas chamadas "usinas de cabeceira" -- localizadas na cabeceira dos rios. Segundo a pasta, essa medida pode preservar cerca de 11% de armazenamento na bacia do Paraná até agosto deste ano e cerca de 7% no Sudeste e Centro-Oeste. As decisões foram tomadas por causa do nível dos reservatórios em pleno período chuvoso, o que acendeu um alerta no governo.