Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes e Suzano aparecem no estudo, que reúne as 100 cidades mais populosas do país. Levantamento é baseado nos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento referentes ao ano de 2022. Torneira sem água.
Pedro França/Agência Senado
Dados do Instituto Trata Brasil divulgados na quarta-feira (20) apontam que Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes e Suzano apresentaram queda no Ranking do Saneamento 2024, na comparação com 2023. O relatório leva em consideração os indicadores das 100 maiores cidades do país.
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O levantamento foi realizado em parceria com a GO Associados e tem como base números do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) referentes ao ano de 2022. O estudo avalia os serviços oferecidos e os níveis de eficiência de cada um deles.
Confira a posição de cada uma das cidades da região:
Suzano: 13ª em 2023 para 28ª em 2024;
Itaquaquecetuba: 54ª em 2023 para 60ª em 2024;
Mogi das Cruzes 56ª em 2023 para 66ª em 2024.
O município da região mais citado no relatório foi Suzano. De acordo com o estudo, a cidade foi a quinta com a maior variação negativa no ranking (perdeu 15 posições), atrás de Paulista (PE), Cuiabá (MT), Petrolina (PE) e Campina Grande (PB).
Suzano, melhor colocado em relação às outras cidades da região, também teve redução de 6,26 pontos percentuais no atendimento total de água. Além disso, o município ainda observou uma redução de 11,22 pontos percentuais no atendimento total de esgoto, novamente deixando de ser universalizado.
O g1 pediu e aguarda uma posição da Sabesp e da Prefeitura de Itaquaquecetuba sobre os resultados do Ranking do Saneamento.
Itaquaquecetuba
atendimento de água potável: 95,75% da população;
atendimento de esgoto: 73,1% da população;
esgoto tratado: 10,83% do total gerado;
investimento de 2017 a 2021: R$ 493,07 milhões;
perdas da distribuição: 30,56%.
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Mogi das Cruzes
atendimento de água potável: 96,2% da população;
atendimento de esgoto: 87,31% da população;
esgoto tratado: 54,74% do total gerado;
investimento de 2017 a 2021: R$ 175,34 milhões;
perdas da distribuição: 48,02%.
Sobre o levantamento, o Serviço Municipal de Águas e Esgoto (Semae) disse por meio de nota que "apesar da queda em relação ao levantamento do ano passado, Mogi continua com indicadores que a colocam à frente de algumas capitais, como Fortaleza (68ª) e Recife (76ª), entre outras".
A autarquia ressaltou ainda que o ranking de 2024 teve como base o ano de 2022 e que durante esse período obras foram concluídas na cidade, enquanto outras ainda estão em andamento. Por isso, o Semae acredita que "haverá melhorias nos serviços de água e esgoto, com possível avanço de posições no ranking".
Entre os investimentos, a autarquia destaca:
Esgotamento sanitário Jundiapeba (R$ 9,5 milhões)
Esgotamento sanitário Parque das Varinhas (R$ 11,8 milhões)
Coletor-tronco de esgotos Parque da Cidade (R$ 846 mil – obra recentemente concluída)
Este mês, foi assinada a ordem de início das obras de coleta e tratamento de esgoto no Parque São Martinho: investimento R$ 11,4 milhões.
Pelo programa Viva Mogi, está em andamento a ampliação da capacidade da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de César de Sousa (R$ 32,6 milhões).
O serviço do Semae contempla a área urbana de Mogi das Cruzes. Segundo a autarquia, atualmente, 99,3% da população é atendida água tratada. Quanto ao esgoto, são 94% de coleta e 72,79% de tratamento (em relação ao volume coletado).
Suzano
atendimento de água potável: 93,74% da população;
atendimento de esgoto: 88,78% da população;
esgoto tratado: 55,53% do total gerado;
investimento de 2017 a 2021: R$ 307,08 milhões;
perdas da distribuição: 23,05%.
A Prefeitura de Suzano afirmou que mantém estreita relação com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), responsável na cidade pela distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto e investimentos no setor.
"Exemplo disso são as conquistas obtidas a partir de solicitações junto à empresa estadual, como a implantação e a regularização das ligações de rede de água e esgoto para milhares de famílias de bairros do distrito de Palmeiras e da região norte (como Caulim, Jardim Novo Horizonte, Jardim Gardênia Azul, Jardim Panorama e outros) e o fechamento dos poços da obra que era executada na avenida Major Pinheiro Fróes (SP-66)", disse nota enviada pela administração municipal.
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