ECONOMIA
Leilão desta quinta (28) é o segundo com mais investimentos contratados da história. Valores são remunerados por receita fixada e têm reflexos na conta de luz. O governo federal garantiu R$ 18,2 bilhões em investimentos na construção de linhas de transmissão de energia, em leilão realizado nesta quinta-feira (28) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em São Paulo. Todos os lotes foram arrematados, em um certame disputado por mais de 20 empresas e consórcios. A Eletrobras saiu como a principal vencedora do leilão, e garantiu quatro dos 15 lotes.Veja as vencedoras:Lote 1 (obras no Ceará e Piauí) - EletrobrasLote 2 (Piauí) - Grupo EDPLote 3 (Ceará) - EletrobrasLote 4 (Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas) - FIP WarehouseLote 5 (Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Bahia) - EletrobrasLote 6 (Bahia e Minas Gerais) - FIP WarehouseLote 7 (Bahia, Tocantins e Piauí) - Grupo EDPLote 8 (Rio de Janeiro) - BrasiluzLote 9 (Santa Catarina) - EletrobrasLote 10 (São Paulo) - Cox BrasilLote 11 (Mato Grosso do Sul) - Consórcio Paraná IVLote 12 (Maranhão e Piauí) - EnergisaLote 13 (Piauí, Maranhão e Tocantins) - Grupo EDPLote 14 (Bahia) - FIP WarehouseLote 15 (Minas Gerais) - Consórcio Olympus XVIIO leilão prevê a construção de 6.464 quilômetros de novas linhas, com a estimativa de criação de 34,9 mil empregos, segundo a Aneel. O leilão é feito por deságio. Ou seja, arremata o lote a empresa que oferecer a menor Receita Anual Permitida (RAP) – valor fixado para remunerar os investimentos feitos.O sistema elétrico é organizado em geração, transmissão e distribuição. As usinas geradoras de energia se conectam à rede de transmissão, que corta o país e é operada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Por meio de leilões, o governo contrata a construção e manutenção das linhas de transmissão por meio de leilões. As usinas conectadas ao sistema usam essas linhas para fornecer energia.Com o sucesso do certame, o leilão de transmissão desta quinta-feira (28) é o segundo com mais investimentos contratados da história. O topo do ranking é ocupado pelo certame realizado em dezembro do ano passado, que movimentou R$ 19,7 bilhões. O recorde anterior havia sido estabelecido ainda em 2023, com o primeiro certame do ano, que contratou R$ 15,7 bilhões. Os investimentos bilionários em redes de transmissão estão associados à expansão das usinas de energia renovável no Brasil, principalmente solar e eólica no Nordeste e no norte de Minas Gerais. Leia mais: Oferta de energia cresce mais que consumo, e Brasil 'joga fora' excesso; entenda Governo quer prorrogar desconto em tarifas para usinas de energia renovável; entenda Para escoar a produção até os consumidores, concentrados na região Sudeste, o governo contrata a construção dessa infraestrutura. Os investimentos são remunerados pela Receita Anual Permitida (RAP) das transmissoras, fixada pela Aneel e com reflexos na conta de luz.