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Mogi das Cruzes

Buracos atrapalham a passagem de motoristas e pedestres em ruas de Mogi das Cruzes


Por causa dos buracos, carros e pedestres disputam espaço na Avenida Japão. Para resolver o problema do asfalto em pelo menos 130 km de via na cidade, a prefeitura está com um programa de recapeamento e pavimentação. Em Mogi das Cruzes moradores estão insatisfeitos com pavimentações

Buraco em vias públicas é um assunto que está sempre na boca dos motoristas de qualquer cidade. Se não bastasse a má qualidade do asfalto, muitas vezes têm ainda falta de calçadas e de sinalização. Em Mogi das Cruzes, os moradores estão bem insatisfeitos com esse serviço.

A Avenida Japão, em Mogi das Cruzes, é um dos principais eixos viários da cidade. Mesmo assim, para muitos moradores os cuidados com a via deixam a desejar.

“Esburacado, a água desce direto por aqui que não sei de onde vem essa água. Mas buraco é o que mais tem na Avenida Japão. Nesse trecho principalmente é crítico, como depois vocês podem ver. É crítico, crítico mesmo. Aqui é horrível e ninguém cuida daqui. Sem contar que não tem calçada, não tem passeio, não tem nada. As pessoas têm que andar no meio da rua ou no meio do mato. Está certo? Tem que passar para fazer uma trilha no meio do mato, uma coisa absurda na época que nós vivemos e é tudo abandonado aqui”, disse o aposentado Antônio Carlos de Oliveira.

As pessoas disputam lugar para passar. E como esse trecho da avenida está cheio de buracos, os carros tentam desviar e acabam invadindo a contramão, enquanto pedestres, sem calçada, ocupam a mesma via para conseguir passagem.

Carlos Antônio Barbosa é morador antigo da região e sabe bem como, num piscar de olhos, esses problemas aparecem e trazem muitos prejuízos.

“Você escapa de um buraco e cai num outro. Negócio está feio mesmo, espero que a Prefeitura de Mogi tome uma decisão para arrumar isso aí, um tapa-buraco aí. Senão o negócio está feio para o nosso lado, estourando a suspensão do carro aqui e a suspensão de carro agora é caro, sabe disso, né? Já cheguei a gastar dinheiro como carro, com suspensão aqui. De noite, porque de noite se vem um carro do lado, vem um carro do lado e do outro, se você desvia do buraco você bate no carro. Então, a gente fica a Deus dará”, contou o pintor.

Para resolver o problema do asfalto em pelo menos 130 km de via na cidade, a prefeitura está com um programa de recapeamento e pavimentação. De acordo com a administração, o investimento de mais de R$ 200 milhões deve beneficiar cerca de 70% dos bairros de Mogi.

De acordo com secretário municipal de Infraestrutura Urbana, o programa é composto por diferentes convênios e fontes de investimento. Segundo ele, o trecho da Avenida Japão onde o Antônio Carlos mora ainda está em licitação, mas as obras devem começar até o início do próximo ano.

“O programa Nova Mogi, o que acontece? Ele é um guarda-chuva onde envolve oito convênios, tá? Alguns financiamentos próprios, outros do estado e federal também. Três já estão em operação, que é o do Detran, o do DER, e agora o do binário. Todos eles contemplam a parte de recapeamento, salvo o binário, que é um programa diferenciado de geometria, a parte civil, que é toda recuperação de via, de calçada, a criação de rampas de acessibilidades, lombo-faixas e tudo mais. E do DER, você pode, deve ter conhecimento, ele já está em operação. Ele envolveu já a recuperação funcional da Estrada do Taboão, a recuperação funcional da Estrada Velha de Sabaúna, a pavimentação da Estrada da Volta Fria e também a pavimentação da Estrada Yoneji Nakamura, no distrito do Taboão”, explicou o secretário.

Outra preocupação, principalmente dos motoristas, é com a qualidade do asfalto. Na Rua Capitão Joaquim de Mello Freire, no Alto do Ipiranga, dá para ver a quantidade de buracos que já foram tapados pela prefeitura. No cruzamento da mesma via com a Rua Arujá, a camada do asfalto chega a medir um pouco mais de um centímetro de espessura.

Avenida Japão é um dos pontos que mais dificultam a locomoção de pedestres e motoristas em Mogi devido aos buracos

TV Diário/Reprodução

No bairro Vila Rei, os moradores também questionam o trabalho do Semae que muitas vezes quebra o asfalto que acabou de ser feito, para realização de serviços.

“A prefeitura vem, bota um cascalhinho em cima, passa a maquininha e vai embora. Para a primeira chuva que vem já vai o asfalto embora. Na verdade a cidade inteira está um buraco, não é só o meu bairro, não é só aqui na Vila Rei, mas não, é a cidade inteira. Agora que está arrumando, está asfaltando parece que a Avenida Japão de novo que ele já fez isso, recapeou a Avenida Japão e está recapeando de novo a Avenida Japão. E aqui se você for ver é uma buraqueira do caramba, é pneu que vai embora, é tudo, acaba com o carro, entendeu?”, disse o operador de piscinas Milton Aparecido de Oliveira.

O secretário explica que além de recapeamento e pavimentação, alguns pontos da cidade vão receber outras melhorias e cita também a parceria com o Semae.

“Estamos tomando todos os cuidados. Todas as vias desse programa foram submetidas ao estudo do Semae, tá? E aí cada vez que é sinalizado a gente começa a operar dentro dessas vias. Falar a verdade, que não possa acontecer? Pode acontecer porque, na verdade, toda a rede do município é muito antiga, mas todo o cuidado de verificação nós estamos fazendo, é um trabalho que não é de um dia, dois dias. É um trabalho que já vem sendo construído pelo menos há um mês e meio junto ao Semae. Hoje a gente trabalha num modelo diferente, né? Visto que o prefeito nos cobra muito essa qualidade. Você pode ver aí, a gente está tendo um trabalho de fresa aqui, se você medir você vai ver que chega de quatro a cinco centímetros e sem dizer que nós temos o pessoal em campo, tanto da supervisora quanto do pessoal nosso acompanhando esse trabalho para que realmente fique de acordo com o que foi contratado e que a gente consiga entregar um serviço de qualidade para o município”, detalhou o secretário.

“Se realmente eles usarem essa verba para refazer as vias e sinalizar e dar… Isso será maravilhoso, será bem-vindo. Esperamos que isso aconteça. Mas sinceramente, olha, nem eu nem os meus vizinhos não temos essa esperança. Aqui o comentário é geral, aqui nunca vai chegar nada”, desabafou Antônio Carlos.

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