Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, três novas mortes pela doença foram confirmadas nesta terça-feira (9). Em relação à incidência da doença, Santa Isabel passou a marca de 1.043,7 casos a cada 100 mil habitantes. Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue
Divulgação
O Alto Tietê chegou a seis mortes por dengue em 2024, após três novas confirmações de óbito pela doença: uma em Ferraz de Vasconcelos, uma em Mogi das Cruzes e outra em Suzano. As informações são do Painel de Monitoramento da Divisão de Dengue, Chikungunya e Zika do Estado de São Paulo desta terça-feira (9).
Antes, a região já havia registrado duas mortes pela dengue em Suzano e outra em Mogi das Cruzes. Além disso, a região ultrapassou a marca de mais de 8 mil casos da doença no ano.
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Em nota, a Prefeitura de Mogi das Cruzes disse que a segunda vítima fatal pela dengue no ano era uma senhora de 93, moradora do Mogi Moderno, portadora de outras comorbidades e que morreu no dia 26 de março, no Hospital Luzia de Pinho Melo. A Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de Mogi das Cruzes ainda aguarda resultados de exames comprobatórios para outros seis óbitos suspeitos (quatro deles ocorridos no mês de março e dois no mês de abril).
De acordo com a Secretaria de Saúde de Suzano foi confirmada na segunda-feira (8), a morte de um homem de 74 anos, ocorrida em 18 de março, após seis dias de internação no Pronto-Socorro Municipal (PS), em razão de ter contraído dengue. Ele sofria de diabetes, hipertensão arterial e crises convulsivas.
A Secretaria de Saúde de Ferraz de Vasconcelos confirmou a primeira morte por dengue na cidade e disse que aguarda a liberação da Declaração de Óbito. A prefeitura informou ainda que lamenta o ocorrido e se solidariza com a família da vítima.
No início de março, o governo de São Paulo decretou estado de emergência para a dengue em todo o território paulista.
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Casos de dengue
Com a atualização desta terça do painel, a região chegou a 8.306 casos da doença em 2024. Suzano é a cidade com o maior número de confirmações (2.326), seguida de Mogi das Cruzes (2.242) e Itaquaquecetuba (1.133). Por outro lado, Salesópolis possui 13 casos registrados no ano.
O número de casos deste ano representa 15 vezes mais o índice registrado em todo o ano passado na região.
Em relação à incidência da doença, Santa Isabel passou a marca de 1.043,7 casos a cada 100 mil habitantes.
Oito municípios da região estão em situação epidêmica (quando a incidência da doença ultrapassa 300 casos por 100 mil habitantes): Arujá, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Suzano e Santa Isabel e Biritiba-Mirim.
Devido ao aumento dos casos na região, as prefeituras de Guararema, Mogi das Cruzes, Santa Isabel e Suzano decretaram estado de emergência e alerta epidemiológico. Em Suzano, o decreto ainda autoriza agentes de saúde a entrar em imóveis para vistoriar focos de dengue.
Vacinação
Em 25 de janeiro, o Ministério da Saúde divulgou a lista dos mais de 500 municípios brasileiros que deveriam receber doses do da vacina contra a dengue para a vacinação do público-alvo, que compreende crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.
Os dez municípios do Alto Tietê, além de Guarulhos, que integram o Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de Mogi das Cruzes, foram contemplados com as doses. As cidades da região deram início à vacinação contra dengue de forma gradual, a partir de 19 de fevereiro.
Vacina contra a dengue
Gabriel Rosa/Agência Estadual de Notícias
No início do mês, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) retirou as doses de vacinas contra a dengue destinadas ao Alto Tietê que não foram utilizadas. As vacinas foram remanejadas para a capital paulista, que deu início à vacinação. A medida foi tomada por decisão do Ministério da Saúde para que as doses não sejam perdidas por conta da data de vencimento, que é no fim do mês de abril.
Combate à dengue
Confira cuidados importantes para combater a proliferação do mosquito aedes aegypti e a propagação da dengue:
Evite qualquer reservatório de água parada sem proteção em casa. O mosquito pode usar como criadouros grandes espaços, como caixas d'água e piscinas abertas, até pequenos objetos, como tampas de garrafa e vasos de planta;
Coloque areia no prato das plantas ou troque a água uma vez por semana. Mas não basta esvaziar o recipiente. É preciso esfregá-lo, para retirar os ovos do mosquito depositados na superfície da parede interna, pouco acima do nível da água. Isso vale para qualquer recipiente com água;
Pneus velhos devem ser furados e guardados com cobertura ou recolhidos pela limpeza pública. Garrafas pet e outros recipientes vazios também devem ser entregues à limpeza pública. Vasos e baldes vazios devem ser colocados de boca para baixo. Limpe diariamente as cubas de bebedouros de água mineral e de água comum. Seque as áreas que acumulem águas de chuva. Tampe as caixas d'água.
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