Maior número de confirmações de dengue no ano foi registrado em Mogi das Cruzes, Suzano e Itaquaquecetuba. Nove dos dez municípios da região estão em epidemia por causa da doença. Mosquito transmissor da dengue
Divulgação
O Alto Tietê ultrapassou a marca dos 10 mil casos de dengue em 2024, segundo dados do Painel de Monitoramento da Divisão de Dengue, Chikungunya e Zika do Estado de São Paulo desta quarta-feira (17). Em menos de quatro meses, a região contabiliza 10.316 confirmações da doença.
Os dados ainda indicam que, em menos de quatro meses, a região registrou 19 vezes mais o número de casos do ano passado, que foram 528.
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Até o momento, seis mortes pela doença foram confirmadas na região, sendo três em Suzano, duas em Mogi das Cruzes e uma em Ferraz de Vasconcelos. No início de março, o governo de São Paulo decretou estado de emergência para a dengue no território paulista.
Mogi das Cruzes (2.740), Suzano (2.668) e Itaquaquecetuba (1.305) e Ferraz de Vasconcelos (1.168) são as cidades com o maior número de confirmações de dengue em 2024.
Nove municípios da região estão em situação epidêmica (quando a incidência da doença ultrapassa 300 casos por 100 mil habitantes): Arujá (436), Biritiba-Mirim (1.675), Ferraz de Vasconcelos (652), Guararema (1.85), Itaquaquecetuba (353), Mogi das Cruzes (609), Poá (468), Santa Isabel (1.350) e Suzano (868). Apenas Salesópolis, com 112 de incidência, não está em epidemia.
Devido ao aumento dos casos na região, as prefeituras de Guararema, Mogi das Cruzes, Santa Isabel e Suzano decretaram estado de emergência e alerta epidemiológico. Em Suzano, o decreto ainda autoriza agentes de saúde a entrar em imóveis para vistoriar focos de dengue.
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Vacinação
Em 25 de janeiro, o Ministério da Saúde divulgou a lista dos mais de 500 municípios brasileiros que deveriam receber doses do da vacina contra a dengue para a vacinação do público-alvo, que compreende crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.
Os dez municípios do Alto Tietê, além de Guarulhos, que integram o Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de Mogi das Cruzes, foram contemplados com as doses.
Vacina contra a dengue
Vivian Honorato/Prefeitura de Londrina
No início de abril, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) retirou as doses de vacinas contra a dengue destinadas ao Alto Tietê que não foram utilizadas. As vacinas foram remanejadas para a capital paulista, que deu início à vacinação. A medida foi tomada por decisão do Ministério da Saúde para que as doses não sejam perdidas por conta da data de vencimento, que é no fim do mês de abril.
Combate à dengue
Confira cuidados importantes para combater a proliferação do mosquito aedes aegypti e a propagação da dengue:
Evite qualquer reservatório de água parada sem proteção em casa. O mosquito pode usar como criadouros grandes espaços, como caixas d'água e piscinas abertas, até pequenos objetos, como tampas de garrafa e vasos de planta;
Coloque areia no prato das plantas ou troque a água uma vez por semana. Mas não basta esvaziar o recipiente. É preciso esfregá-lo, para retirar os ovos do mosquito depositados na superfície da parede interna, pouco acima do nível da água. Isso vale para qualquer recipiente com água;
Pneus velhos devem ser furados e guardados com cobertura ou recolhidos pela limpeza pública. Garrafas pet e outros recipientes vazios também devem ser entregues à limpeza pública. Vasos e baldes vazios devem ser colocados de boca para baixo. Limpe diariamente as cubas de bebedouros de água mineral e de água comum. Seque as áreas que acumulem águas de chuva. Tampe as caixas d'água.
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