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Fed mantém juros dos EUA na faixa de 5,25% a 5,50%, mas cita falta de progresso rumo à meta de inflação

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Por REDAÇÃO: NOVA TV ALTO TIETÊ em 01/05/2024 às 16:02:25

Foto: Poder360

Referencial permaneceu inalterado pela sexta reunião consecutiva. Esse continua sendo o maior nível das taxas desde 2001. Sede do Federal Reserv (Fed), Banco Central dos EUA.

REUTERS/Joshua Roberts

O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) manteve os juros do país inalterados nesta quarta-feira (1º), em uma faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. A decisão foi unânime. Esse continua sendo o maior nível das taxas desde 2001.

A medida já era esperada pelo mercado e veio após o comitê ter mantido o mesmo referencial na última reunião, em março.

Ao publicar a decisão, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) voltou a afirmar que não considera apropriado reduzir o intervalo de juros até que tenha "maior confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável para 2%", a meta do Fed.

"Nos últimos meses, não houve novos progressos em direção ao objetivo de inflação de 2%", informou o colegiado, reforçando que os indicadores recentes da economia norte-americana continuaram se expandindo "em um ritmo sólido".

Há, portanto, uma preocupação do Fed de que os primeiros meses de 2024 não foram suficientes para construir uma confiança na queda inflacionária. Isso mantém no mercado um cenário de dúvida em relação a quando podem ocorrer cortes no referencial de juros do país.

No comunicado desta quarta, o Fomc também informou que está "preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surjam riscos que possam impedir o alcance de seus objetivos".

Sobre o mercado de trabalho, o comitê reafirmou que "os ganhos no emprego permaneceram fortes e a taxa de desemprego permaneceu baixa". Disse ainda que "os riscos para alcançar os seus objetivos de emprego e inflação evoluíram para um melhor equilíbrio ao longo do ano passado".

O colegiado ponderou, no entanto, que as perspectivas econômicas são incertas, e que segue "muito atento" aos riscos inflacionários.

Reflexos dos juros norte-americanos

Os juros em níveis elevados nos Estados Unidos aumentam a rentabilidade dos Treasuries (títulos públicos norte-americanos) e devem continuar a refletir nos mercados de ações e no dólar, com a migração cada vez maior de investidores para o país, em busca de uma melhor remuneração.

No cenário macroeconômico, os efeitos dos juros altos nos Estados Unidos também se refletem no longo prazo, indicando uma tendência de desaceleração econômica global, já que empréstimos e investimentos também ficam mais caros.

No Brasil, investidores seguem na expectativa pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), que será divulgada na próxima quarta-feira (8).

A maior parte do mercado aposta em uma nova redução da taxa básica de juros (Selic), em 0,50 ponto percentual, para 10,25% ao ano.

Fonte: ECONOMIA

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