Evento aconteceu na manhã deste sábado (18) e o cortejo durou cerca de 2h30. Público encheu as ruas do Centro para acompanhar o evento que é ponto alto cultural da Festa do Divino. Fiéis se reuniram no Centro de Mogi para participar da Entrada dos Palmitos 2024
Maiara Barbosa/TV Diário
"É um aglomerado de fé. É a presença do Divino Espírito Santo e hoje a gente veio aqui para agradecer. A Entrada dos Palmitos nada mais é que um grande louvor ao Divino Espírito Santo, agradecendo a fartura pelas colheitas, tanto as colheitas materiais como as espirituais também", foi assim que a festeira Milena da Costa Freire Rego definiu um dos principais eventos da Festa do Divino de Mogi das Cruzes.
Os festeiros Eduardo Ferreira Rego e Milena da Costa Freire Rego e os capitães-de-mastro Wagner Baptista Santos e Ludmyla de Oliveira Baptista Santos
Gladys Peixoto/g1
Este ano, mais de 40 mil pessoas eram esperadas para assistirem à Entrada dos Palmitos, que estava marcada para começar às 9h. Antes disso, o público já se reuniu da Rua Doutor Ricardo Vilela, próximo à Capela Santa Cruz, de onde saiu o cortejo.
O desfile de fiéis, devotos, rezadeiras, crianças, grupos de congadas, cavaleiros, muladeiros, charreteiros e carroceiros durou cerca de 2h30. Após a concentração, pouco antes das 9h, o cortejo já começou a andar e descer a Rua Doutor Ricardo Vilela. Na passagem, o público olhava atento para cada grupo que passava pela via.
Nesta edição da Festa do Divino, apenas as congadas marcaram presença na Entrada dos Palmitos. A ausência de lideranças afastou os grupos de moçambique e marujada do ponto alto do evento.
Eduarda Afonso Pereira dos Santos é integrante da Congada de Santa Efigênia e já busca passar a tradição para a filha, a pequena Isabela, de apenas dez meses.
Eduarda Afonso Pereira dos Santos carrega a filha Isabela, de apenas dez meses
Gladys Peixoto/g1
"Ano passado eu vim com ela na barriga, estava com nove meses. Hoje, é felicidade, porque ela está no meu braço e eu vou carregando ela até o final da posição. Essa é uma tradição que vai passando e quem sabe ela pode ser uma futura mestra da Congada de Santa Efigênia", disse durante o cortejo.
Após os grupos que passaram a pé pelas ruas de Mogi das Cruzes, o público ficou à espera dos animais. Um dos carros que, tradicionalmente, marcou presença no cortejo foi a charola, que é o carro de boi que leva alimentos e simboliza a fartura.
Charola é tradição na Entrada dos Palmitos
Gladys Peixoto/g1
As charretes levando crianças e os cavaleiros, muladeiros e carroceiros também passaram pelo cortejo, até que todos chegassem às proximidades da Catedral de Sant'Anna, onde a Entrada dos Palmitos 2024 foi finalizada.
"A Entrada dos Palmitos é muito importante, porque é um grande cortejo. Ela tem o significado muito profundo, porque palmito é colheita e tem a simbologia das colheitas que são apresentadas a Deus. E Pentecostes, no antigo testamento, também é a festa das colheitas. E aqui é a expressão da vida de Mogi das Cruzes em todos os sentidos. Religioso, histórico, cultural e folclórico", ressaltou o bispo Dom Pedro Luiz Stringhini, que também participou do cortejo.
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