Em uma cafeteria do shopping de Mogi, a busca por bebidas quentes aumentou cerca de 60%. Em outros dois restaurantes, o aumento no consumo de pratos quentes foi de mais de 20%. Já os produtores rurais precisaram adotar medidas para evitar prejuízos. Após onda de calor, maio termina com baixas temperaturas no Alto Tietê
A chegada do frio, após a onda de calor, pegou muitos moradores do Alto Tietê desprevenidos. Roupas mais quentes foram tiradas do guarda-roupa e até os hábitos alimentares precisaram mudar.
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Quem gostou dessa queda na temperatura foram os comerciantes do setor de alimentação, que já registraram aumento na busca por cafés, vinhos, massas e outros pratos quentes. Em uma cafeteria do shopping de Mogi das Cruzes, a busca por bebidas quentes aumentou cerca de 60%.
"Café a gente já consome bastante o ano inteiro, né? Quando chega o frio, além dele nos dar aquele prazer imenso pelo sabor, ele aquece", diz o professor Luiz Edmundo de Oliveira Morais.
Após onda de calor, maio termina com baixas temperaturas no Alto Tietê
Reprodução/TV Diário
Em um restaurante, a procura por feijoada e camarão chegou a subir 20% na comparação com os dias mais quentes. "Os pratos típicos, baião de dois, arroz carreteiro, feijão-tropeiro e as massas começaram a ter um aumento de vendas agora, que começou o frio. A tendência é aumentar", explica o coordenador João Felipe Rodrigues.
A busca por massas e vinhos em outro estabelecimento de Mogi das Cruzes também ultrapassou os 20%. "O pessoal fica mais aconchegante, aquele clima mais familiar, então os clientes trazem a família para jantar e isso é ótimo não só para a gente, mas para o setor do comércio no geral", comemora o garçom Ismar Júnior.
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Enquanto o setor do comércio está comemorando o aumento do consumo, os produtores rurais estão lidando com a perda de produtos por conta do clima. Segundo o produtor Josias Barbosa de Moraes Filho, de Mogi das Cruzes, muitas medidas precisam ser adotadas para evitar prejuízos.
"Durante a chuva, já precisamos tomar alguns cuidados. Imagina se for junto com esse frio? A planta não resiste", diz.
Após onda de calor, maio termina com baixas temperaturas no Alto Tietê
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Fungos e bactérias são os principais inimigos da vegetação durante esse clima. De acordo com o produtor, não há como evitar esses problemas, mas existem medidas que podem ser feitas para tentar salvar algumas hortaliças.
"O essencial é monitorar a plantação, se tiver a proliferação de mofo, a planta adoecer, precisamos eliminar. Se o produtor perceber que a planta ainda não adoeceu, mas vai adoecer, o recomendado é já fazer a colheita, com a planta mais nova", explica.
"Uma boa opção para esse clima, seria a mudança de algumas plantações. O brócolis seria uma boa opção. Eu tô perdendo, porque não tenho ele aqui. Mas tenho a cebolinha, que também 'vinga'. Dá para a gente levar", finaliza.
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