Mogi das Cruzes, na Grande SP, foi o lugar escolhido pelo empresário nigeriano Akin Steven Agbedejobi para construir uma nova vida. Data é celebrada nesta terça-feira (25). Akin chegou em Mogi das Cruzes em 1999
Akin Steven Agbedejobi/Arquivo Pessoal
Foi em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, que o empresário nigeriano Akin Steven Agbedejobi construiu uma nova vida. Nem mesmo a distância da família e dos amigos, e a barreira da língua impediram o imigrante de escolher o Brasil como novo lar.
"Como estou no Brasil há muito tempo, me sinto brasileiro. Eu acho o Brasil melhor", conta.
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No Dia do Imigrante, celebrado nesta terça-feira (25), o g1 apresenta a história de Akin, um dos milhares de imigrantes que deixaram a terra natal em busca de melhores condições de vida no Brasil.
Chegada ao Brasil
Akin desembarcou no Brasil pela primeira vez em 1991. A princípio, a viagem era apenas para conhecer o país. Mas o "jeitinho brasileiro" de levar a vida acabou por conquistar o coração do nigeriano.
"Um amigo meu estudava na USP e falou sobre o Brasil, que o Brasil era muito legal, bom de agricultura. Vim para visitar e acabei gostando".
Akin, a esposa e os filhos em Mogi das Cruzes
Akin Steven Agbedejobi/Arquivo Pessoal
Os primeiros anos no novo lar, na capital paulista, foram de muita agitação. Mas após oito anos vivendo na maior metrópole da América Latina, ele buscou a tranquilidade para se estabelecer de vez no país.
"Em 1999 eu mudei para Mogi das Cruzes. Tinha uma amiga que eu visitava em Biritiba Mirim, então eu sempre passava por aqui. Naquele ano fui assaltado em São Paulo e decidi mudar para um lugar menos violento. Então, mudei para Mogi e descobri que aqui é muito bom".
Dificuldades de adaptação
O nigeriano afirma que a adaptação foi rápida. No entanto, ele conta que a língua foi uma das principais barreiras enfrentadas por ele no processo de imigração. "Na Nigéria se fala inglês. Primeira coisa foi isso. No começo foi difícil, não está no lugar que você nasceu. Mas no final eu me adaptei".
Além de ter que aprender um novo idioma, o empresário também cita o trabalho fixo como outra dificuldade que ele enfrentou. "Também tem muita dificuldade de se afirmar no lado profissional. Mas o amadurecimento foi importante. Chega um momento que dá certo".
Saída e retorno ao Brasil
Em 2002, uma nova oportunidade de trabalho levou Akin para Londres, na Inglaterra. Por lá, ele viveu dez anos. "Nessa época eu comecei a trabalhar numa empresa de higienização de sofá e outras coisas".
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E foi justamente a experiência profissional na Europa que reabriu as portas para o retorno ao Brasil. Em 2015, Akin, ao lado da esposa Cristanah, voltou a Mogi para abrir seu próprio negócio no ramo de limpeza e higienização de estofados.
Akin voltou a Mogi das Cruzes em 2015, junto da esposa Christanah
Akin Agbedejobi/Arquivo pessoal
Com o lado profissional mais estável, o empresário decidiu de vez ficar no país. Afinal, foi por aqui que três dos quatro filhos nasceram e onde ele afirma se sentir em casa.
"Graças a Deus deu tudo certo. Hoje, não sinto falta de nada. Quando voltei para o Brasil, não tive mais vontade de sair", explica.
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