O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, está avaliando o impacto do fato de ele ter sido indiciado no inquérito que investiga irregularidades na destinação das joias recebidas do governo da Arábia Saudita.
A Polícia Federal disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) que Bolsonaro deve ser julgado por peculato, que é a apropriação de bens públicos, associação criminosa e lavagem de dinheiro
Ao blog, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, demonstrou indignação com o indiciamento. Mas também reconheceu que não houve surpresa, que essa já era uma etapa esperada.
Sobre as candidaturas, pessoas próximas a Bolsonaro e dentro do PL avaliam que, em algumas cidades do interior, pode haver algum impacto, mas não em grandes centros urbanos.
O entorno de Bolsonaro acredita que, apesar do apelo nacional do assunto joias, as eleições em grandes cidades, como São Paulo, girarão em torno de temas municipais. Existe uma avaliação de que o eleitorado está consolidado tanto à direita quanto à esquerda, independentemente do que aconteça.
Há eleitores que votam em Bolsonaro ou em Lula seja qual for da situação.
O PL se preocupa, sim, com o quanto o indiciamento pode impactar candidaturas que Bolsonaro apoia. Afinal, o partido está tentando colocar Bolsonaro na linha de frente para eleger cerca de 1000 prefeitos no país.
A questão das joias é um tema que as pessoas relacionam com muita facilidade. Entre todos os inquéritos envolvendo Bolsonaro, o das joias talvez seja o que mais comunica com o público, pois tem um grande interesse da população.