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Dólar abre em queda nesta sexta-feira, de olho no fiscal e em novos dados de inflação nos EUA

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Por REDAÇÃO: NOVA TV ALTO TIETÊ em 12/07/2024 às 10:04:11

Foto: G1 - Globo

Na véspera, a moeda norte-americana avançou 0,55%, cotada a R$ 5,4420. Já o principal índice de ações da bolsa subiu 0,85%, aos 128.294 pontos. Dólar

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O dólar abriu em queda nesta sexta-feira (12), conforme investidores seguem atentos ao cenário fiscal brasileiro e ao quadro de juros nos Estados Unidos.

Por aqui, há a expectativa do mercado por sinais mais concretos do governo para o contingenciamento de gastos públicos, após o Congresso ter adiado para a próxima semana a votação da desoneração da folha para 17 setores, uma vez que ainda não há consenso sobre as medidas para compensar seu custo fiscal. Na agenda, novos dados de serviços seguem no radar.

No exterior, o foco continua com os sinais sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na condução da política monetária dos Estados Unidos, após a inflação do país ter vindo abaixo do esperado.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

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Dólar

Às 09h16, o dólar caía 0,37%, cotado em R$ 5,4220. Veja mais cotações.

Na véspera, a moeda subiu 0,55%, cotada em R$ 5,4420.

Com o resultado, acumulou:

queda de 0,36% na semana;

recuo de 2,62% no mês;

alta de 12,15% no ano.

Ibovespa

As negociações do Ibovespa, por sua vez, começam apenas às 10h.

Na véspera, o índice fechou em alta de 0,85%, aos 128.294 pontos.

Com o resultado, acumulou:

alta de 1,60% na semana;

ganhos de 3,54% no mês;

perdas de 4,39% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?

As taxas de juros norte-americanas continuam no radar dos investidores nesta sexta-feira (12), principalmente após os bons resultados da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, divulgados na véspera.

Segundo dados do Departamento de Trabalho, os preços caíram 0,1% em um mês, contrariando as previsões de analistas, que contavam com um ligeiro aumento de 0,1%, e de 3,1% em um ano.

Excluindo os preços da energia e dos alimentos, comumente mais voláteis, a chamada inflação subjacente aumentou ligeiramente em um mês, em 0,1%, mas este é o menor índice desde agosto de 2021. O mercado esperava um aumento de 0,2%, segundo o MarketWatch.

Com isso, os mercados aumentaram as apostas de que o Fed deve começar a cortar os juros por lá em setembro. Segundo dados da ferramenta FedWatch do CME Group, as chances de corte na reunião de setembro subiram de 72,2% para 88,1% em uma semana, de acordo com as estimativas dos analistas.

"A inflação ao consumidor benigna de junho vem na sequência de outros dados menos pressionados de inflação e atividade, o que levou os mercados a acreditar que o Federal Reserve começará a cortar os juros em setembro, após sinalizá-lo na sua próxima reunião de política monetária em julho", afirmaram analistas da XP.

Nesta semana, o presidente da instituição, Jerome Powell, já havia afirmado que a inflação do país "permanece acima" da meta de 2% do Fed, mas tem melhorado nos últimos meses. Ele acrescentou que novos dados positivos fortaleceriam o argumento para cortes na taxa de juros.

"Mais dados bons fortaleceriam nossa confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável em direção a 2%", disse Powell.

Ter uma inflação em direção à meta é um dos requisitos para a flexibilização da política monetária. Powell também comparou a falta de progresso nos primeiros meses do ano com a melhora recente nos dados. Na prática, o cenário mais positivo ajudou a construir uma base de confiança de que as pressões sobre os preços continuarão a diminuir.

Além disso, ele observou que o Fed agora está preocupado com os riscos para o mercado de trabalho e para a economia caso as taxas permaneçam altas durante muito tempo. "Após a falta de progresso em direção ao nosso objetivo de inflação de 2% no início deste ano, as leituras mensais mais recentes mostraram progressos adicionais modestos", disse Powell.

Agora, a expectativa fica pelo índice de preços ao produtor norte-americano, outro indicador relevante de inflação do país que deve ser divulgado hoje.

Já no cenário doméstico, investidores continuam atentos a eventuais sinais sobre o quadro fiscal brasileiro. Além de o Congresso ter adiado a votação da desoneração da folha para 17 setores, também há expectativa pela aprovação da reforma tributária, que agora está nas mãos do Senado.

É importante lembrar que as regras da reforma tributária serão aplicadas de forma escalonada nos próximos anos, e todos seus efeitos serão sentidos ao longo do tempo.

Na agenda, o volume do setor de serviços do Brasil ficou estável em maio em relação a abril. Já em relação a igual mês do ano anterior, o indicador teve uma alta de 0,8%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Balanços corporativos do segundo trimestre e o noticiário corporativo também ficam sob os holofotes.

*Com informações da agência de notícias Reuters.

Fonte: ECONOMIA

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