Ausência de chuva, calor excessivo e a baixa umidade do ar são alguns dos responsáveis por causar prejuízo na plantação de agricultores. Arujá, Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba estão em estado de seca severa. Ausência de chuva, calor excessivo e a baixa umidade do ar são alguns dos responsáveis por causar prejuízo na plantação de agricultores do Alto Tietê. A região tem cerca de 5 mil produtores, que costumam produzir 25 mil toneladas de hortaliças ao dia. Entretanto, a junção dos três fatores fizeram com que as perdas chegassem a 30%.
"A terra, nesse tempo, fica muito seca. Se a gente for plantar, a gente perde a muda, porque [ela] cozinha devido ao Sol muito quente. Estamos enchendo o [poço] artesiano para irrigar a plantação, mas o calor da terra é tanto que a água evapora", afirma a agricultora Cleusa Bispo dos Santos.
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Além da estiagem, a região também sofre com incêndios. No mês passado, o Corpo de Bombeiros afirmou que foram registrados 55 focos de incêndio em áreas de mata em menos de 24h.
Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Desastres Naturais (Cemaden), esta é a maior seca já registrada no país desde 1950. Só no estado de São Paulo, ela atinge 641 dos 645 municípios.
No Alto Tietê, as cidades em estado de seca severa são Arujá, Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba. Já os que estão em seca moderada são Guararema, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano.
"Nós estamos em pleno período seco - período que começou de forma antecipada -, isso está deixando a região em uma situação de seca e, a previsão que temos, é de um atraso na estação chuvosa. Isso pode gerar um certo estresse no sistema hídrico do país e também na agricultura", afirma o meteorologista Marcelo Seluchi.
O biólogo Rodrigo Marques Lima dos Santos explica que não há previsão para diminuição dos riscos de queimada. "Vamos ficar na dependência da chegada de novas frentes frias e esse período úmido vai começar na mudança da primavera para o verão, lá para novembro... Então, até lá, a chance das queimadas continuarem é bem alta".
"O tempo seco altera o organismo de todos os seres vivos, inclusive das plantas, que não têm como se proteger. Nós temos securas na pele, no corpo, problemas respiratórios, é um momento bem complicado", finaliza.
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