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BYD lança a Shark, a primeira picape híbrida plug-in por R$ 379.800

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Por REDAÇÃO: NOVA TV ALTO TIETÊ em 19/10/2024 às 13:51:14

Com 437 cv, picape híbrida de porte médio tem ainda o título da mais potente do Brasil BYD Shark

Imagem: divulgação/BYD

A BYD lançou neste sábado (19) a primeira picape híbrida plug-in do mercado brasileiro, o primeiro modelo deste segmento em seu portfólio e a caminhonete mais potente do país. Tantos títulos chegam por R$ 379.800.

A Shark chega para brigar com as picapes médias, como VW Amarok, Ford Ranger, Chevrolet S10 e Toyota Hilux. O mercado já tem uma picape híbrida, a Ranger Maverick, que não é plug-in, ou seja, não dá para carregar a bateria dela na tomada como na picape da BYD.

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Motorização

A picape híbrida possui 437 cv de potência e 65 kgfm de torque. De acordo com a BYD, essa potência é proveniente de uma combinação entre o motor 1.5 turbo de quatro cilindros que desenvolve 192 cv junto com dois motores elétricos. O propulsor elétrico entrega 228 cv e 31,6 kgfm de torque, enquanto o traseiro é responsável por mais 201 cv e 34,7 kgfm.

BYD Shark

Imagem: divulgação/BYD

O g1 teve a oportunidade de rodar com a picape no autódromo de Interlagos antes do lançamento e, à época, já dava para ver que o desempenho dela era um dos melhores da categoria.

Segundo a fabricante, a picape acelera de 0 a 100 km/h em apenas 5,7 segundos. Até o lançamento da Shark, a Ford Ranger Raptor era a picape média mais potente do segmento, com seu motor 3.0 V6 a gasolina que entrega 397 cv.

A única picape da Ford, a Maverick, tem motor 2.5 e um conjunto elétrico que, combinados, entregam 194 cv e 28,5 kgfm. Porém, a proposta da Maverick não é a de proporcionar tanta esportividade quanto a Shark. A Maverick tem comportamento mais parecido com um carro de passeio do que com uma picape.

BYD Shark

Imagem: divulgação/BYD

A bateria da BYD Shark é de 29,6 kWh. Com esse pack de baterias, a picape consegue autonomia de até 100 quilômetros no modo puramente. Contando com o motor a combustão, a autonomia total é de 840 km, mas ainda fica abaixo do alcance da Maverick, que na cidade pode chegar a 895 km.

Para o proprietário de uma Shark, o carregamento pode se tornar uma dor de cabeça no dia a dia. Em pontos de carregamento rápido, com alta voltagem, a bateria pode ser recarregada de 30% a 80% em até 20 minutos.

Contudo, nos carregadores domésticos, ela demora 9h recarregar. A explicação está na entrada de apenas 6,6 kWh da picape, o que é uma potência ligeiramente baixa perto de outros carros híbridos, que costumam receber mais de 7 kWh das tomadas convencionais (com corrente alternada).

BYD Shark

Imagem: divulgação/BYD

Em nosso primeiro contato com a picape em uma pista de autódromo, deu para perceber que o comportamento da suspensão está dentro da medida do esperado para uma picape.

Entretanto, a rolagem da carroceria, apesar de ser um carro pesado (2.710 kg), não assustou, pelo contrário.

A suspensão merece tantos elogios quanto as arrancadas, sobretudo porque o sistema de amortecimento tem suspensão independente nas quatro rodas, enquanto as picapes tradicionais ainda carregam o obsoleto sistema de feixe de mola (que suporta mais peso, mas traz muita instabilidade).

O tamanho e o peso não impedem de extrair uma tocada esportiva e divertida com a Shark, o que pode fazer muitos consumidores repensarem suas opções por picapes com os tradicionais propulsores a diesel.

Compare as fichas técnicas da Shark e suas concorrentes:

Caçamba

Dois pontos negativos da picape ficam para a sua capacidade de carga e de reboque. São apenas 790 kg para a caçamba, enquanto as rivais a diesel carregam, com facilidade, mais de uma tonelada. A versão mexicana da picape tem mais capacidade de carga que a brasileira, com 835 kg.

Porém, em termos de volume, ela fica na média com seus 1.435 kg. E a capacidade de reboque fica abaixo da média, com 2.500 kg. A concorrência reboca cargas superiores a 3.000 kg.

BYD Shark

Imagem: divulgação/BYD

Interior

Assim como a maioria dos carros da BYD, o que salta aos olhos no primeiro contato com a picape é a tela multimídia giratória de 12,8 polegadas no centro do painel. Na lista de equipamentos há ainda painel de instrumentos digital, bancos de couro com ajustes elétricos, partida por botão, carregador de celular por indução e o ADAS (Advanced Driver Assistance System, do inglês Sistema Avançado de Assistência ao Condutor), que traz uma série de recursos que auxiliam o motorista a dirigir de forma mais segura.

Dentre as picapes da concorrência, a BYD Shark é a única a carregar uma multimídia que pode ficar tanto na horizontal quanto na vertical.

Outro fator que salta aos olhos é a quantidade de botões e alavancas. A BYD não seguiu a estética do minimalismo, como outras marcas de carros elétricos (Tesla) costumam fazer. Assim, o consumidor pode acessar os controles de ar-condicionado e muitos outros através dos botões físicos ou por meio da multimídia.

BYD Shark

Imagem: divulgação/BYD

Os bancos de couro são elogiáveis pelo formato e pelo bom aspecto do couro. Os painéis de porta e a parte superior do painel também são de material sensível ao toque, o que não é comum para picapes desta categoria.

Conclusão

Os episódios dessa novela de picapes no Brasil está ficando mais interessante a cada lançamento. Se o consumidor tradicional de picapes vai aceitar trocar o convencional motor diesel pelo conjunto híbrido, ainda não sabemos.

Porém, basta acompanhar o g1 Carros para saber se a Shark vai conseguir abocanhar emplacamentos de suas principais rivais. Veja abaixo onde o preço da picape da BYD se encaixa:

Ford Maverick Hybrid: R$ 239.500;

Chevrolet S10 High Country: R$ 311.990;

Ford Ranger Limited: R$ 351.990;

Toyota Hilux GR-Sport: R$ 371.390;

Ford Ranger Raptor: R$ 475.000;

BYD Shark: R$ 379.800

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Fonte: ECONOMIA

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